Um detido na base naval americana de Guantánamo acusado de planejar os ataques de 11 de setembro de 2001 foi expulso nesta quarta-feira de uma audiência pela terceira vez em 24 horas, depois de se queixar de torturas.

O iemenita Ramzi Ben al-Shaiba foi tirado da audiência preliminar na base naval localizada na ilha de Cuba segundos depois de ter feito um discurso improvisado no qual acusou as autoridades de não terem tomado medidas para deter ruídos que ouve em sua cela durante a noite.

“Tenho que sair. Pedi para que parassem com estas vibrações. Não quero ficar aqui enquanto existir tortura”, declarou o acusado, que já havia sido expulso duas vezes por falar sem permissão ao juiz militar James Pohl. “Se não tem o poder para deter isso, deveria renunciar”, declarou.

A defesa do iemenita havia sugerido na terça-feira que os guardas da prisão seriam os responsáveis pelos ruídos que não o deixam dormir, uma situação que o juiz apontou que não foi provada.

A audiência para Ben al-Shaiba e outros quatro homens acusados de planejar os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington está sendo transmitida por circuito fechado a jornalistas na base militar de Fort Meade, Maryland (leste).