Acadêmicos levam música a pacientes do Hospital Universitário
Na tentativa de humanizar o atendimento do Hospital Universitário de Campo Grande, acadêmicos do curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) resolveram dedicar horas de seus finais de semana para quebrar o tédio dos pacientes ao som de violões e violinos. O projeto existe a cerca de um mês e […]
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Na tentativa de humanizar o atendimento do Hospital Universitário de Campo Grande, acadêmicos do curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) resolveram dedicar horas de seus finais de semana para quebrar o tédio dos pacientes ao som de violões e violinos.
O projeto existe a cerca de um mês e leva um grupo de quatro jovens musicistas aos corredores e quartos dos hospitais, as sextas, sábados e domingos. Intitulado ‘Arte: Música para o corpo e alma’ o projeto surgiu neste semestre e encanta pacientes, funcionários e também a quem executa. “É gratificante, pois os pacientes acabam tendo uma coisa diferente”, afirma o aluno do 2º semestre, Lucas Rocelli, 20 anos.
Apesar das quatro edições, o grupo ainda está em formação e os alunos optaram por não levarem um repertório pronto. “Procuramos trazer músicas que o pessoal conheça e aceitamos pedidos”, afirma. As canções Mercedita e Asa Branca estão entre as mais populares.
O idealizador da iniciativa foi o capelão do Hospital, Edilson dos Reis. “A música tem uma linguagem universal e quem está internado está em um estado de angustia isto acaba ajudando. É um processo de humanização do ambiente hospitalar”, afirma.
Internado desde a segunda-feira (9) por conta de problemas renais, Irenio Francisco Dourado, 65 anos, aprovou a iniciativa. “É bom, pois por um momento esquecemos até que estamos doentes”, afirma.
Apesar de percorrer diversas alas do Hospital, é no setor de Hemodiálise que a iniciativa é mais esperada. Estes pacientes passam boa parte de suas vidas em tratamento, geralmente as sessões são de 4 horas, três vezes por semana até receberam um novo rim.
Anderson Luiz Dias, 29 anos, faz o tratamento no HU há oito anos. É o paciente mais antigo da ala. “No começo era duro de mais vir. Agora já acostumei e as músicas ajudam”, afirma. Diante dos clássicos tocados pelos acadêmicos, ele sugeriu que tocassem também hinos evangélicos.
Responsável pelo setor há 25 anos, o enfermeiro, Maurício Fontolan acredita que a música ajuda no tratamento dos pacientes. “O projeto vem dar distração e é mais um estímulo para o tratamento”, afirma.
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