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ABCG revela que Santa Casa deve R$ 125 milhões e que estrutura está sucateada

A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) retoma a administração da Santa Casa nesta sexta-feira (17) com uma divida de cerca de R$ 125 milhões e 80% do hospital sucateado. Em reunião nesta quinta-feira, a diretoria mostrou aos membros a situação atual da unidade hospitalar. O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, informou que números atualizados […]
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A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) retoma a administração da Santa Casa nesta sexta-feira (17) com uma divida de cerca de R$ 125 milhões e 80% do hospital sucateado. Em reunião nesta quinta-feira, a diretoria mostrou aos membros a situação atual da unidade hospitalar.

O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, informou que números atualizados até o último dia 30 de abril revelam débitos a fornecedores diversos, empréstimos, próteses e em férias e 13° de funcionários. Segundo ele, a Junta Interventora teria reconhecido a dívida em torno de R$ 111 milhões, sendo cerca de R$ 78 milhões em dívidas urgentes.

Somente R$ 15 milhões são dívidas de tributos federais que deveriam ter sido pagos até o último dia 8 de maio, quando venceu o prazo para a retirada da certidão negativa. “A falta desta certidão inabilita o recebimento de recursos do SUS”, explicou.

Com dívidas emergenciais, os membros ainda não sabem se a melhor alternativa é contrair um empréstimo. “Geraria uma despesa de R$ 1,5 milhão por mês, já somadas às outras e a folha extrapolaria novamente”, analisou.

Ele admitiu que há sinalização de ajuda do Governo do Estado para resolver a questão, mas admite que alguns serviços podem ser suspensos caso a dívida não seja paga.

‘Hospital de guerra’

O superintendente Geraldo Justo relatou aos membros os números atuais da Santa Casa. Somente no mês passado, foram 2.051 cirurgias. Dessas, 1.006 de emergência e urgência.

“Isso torna a Santa Casa um hospital de guerra e que já não tem mais espaço para cirurgias eletivas [que podem ser agendadas, pois não são urgentes]”, avaliou. Segundo Justo, o hospital está atualmente com 586 pacientes internados, 1.505 funcionários ativos e 350 inativos – que é considerado um alto nível de afastamento.

Sucateamento

Geraldo Justo revelou ainda que as instalações da Santa Casa estão 80% sucateadas e falta hospedagem para os pacientes de leitos particulares. “Poderíamos receber até 30% de pacientes de convênio, mas falta hospedagem. Se conseguíssemos fazer este atendimento, isso alavancaria a arrecadação do hospital para pagar as dpividas”.

Para ele, além de pagar dívidas, o hospital precisa de investimento. Teslenco explicou que há um convênio de R$ 12 milhões para reformar o hospital. “Serão apenas locais específicos, pois com este dinheiro não dá para arrumar toda a Santa Casa”, ponderou.

Outra preocupação da ABCG é o Hospital do Trauma, que está com 50% das obras prontas. “Há uma proposta de convênio com o Ministério da Saúde, que sinalizou entre R$ 7 e R$ 8 milhões para mobiliar o Hospital”. Porém, o custo operacional mensal da unidade seria de R$ 16 milhões.

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