Vivo corta sinal de torre e deixa população do Jardim Noroeste sem comunicação
A torre, usada pelas empresas de telefonia Claro e Vivo, será removida em até 120 dias, mas o sinal já foi cortado. No bairro, população está sem comunicação e precisa ir ao Maria Aparecida Pedrossian para ligar.
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A torre, usada pelas empresas de telefonia Claro e Vivo, será removida em até 120 dias, mas o sinal já foi cortado. No bairro, população está sem comunicação e precisa ir ao Maria Aparecida Pedrossian para ligar.
Mesmo com pedido da empresa de telefonia Vivo para extensão do prazo de retirada da torre e corte de sinal em até 120 dias, a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) determinou o bloqueio imediato do sinal nesta segunda-feira (1°) e os moradores do jardim Noroeste já sofrem com a medida, que visa interromper o sinal para o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima.
De acordo com a assessoria de comunicação da empresa Vivo, os moradores da região já estão sem o sinal da telefonia móvel desde o meio dia desta terça-feira (2). O prazo para remoção da torre, entretanto, foi mantido.
Comerciante, Ana Aparecida mora no bairro há 12 anos e tem linhas das empresas Claro e Vivo. Desde esta manhã, não consegue completar ligações nem colocar crédito nos celulares dos clientes, assim como utilizar a máquina de crédito e débito em compras no seu estabelecimento.
“Minha irmã passou mal e eu não fiquei sabendo a tempo de socorrê-la porque ela não conseguiu me ligar. Às vezes consigo ligar, mas o sinal é muito fraco e cai. Para colocar crédito no celular de um cliente foram precisos trinta minutos de tentativa”, reclama.
Ela se diz revoltada com a situação. “O problema está lá dentro do presídio e não aqui fora. Nós somos os maiores prejudicados”.
Anderson Aparecido de Souza, de 37 anos, tem celulares de duas empresas, entre elas a Vivo. “Não consigo acessar a internet pelo celular. Quando me ligam, ouço só chiados. A ligação completa, do outro lado da linha dizem que me escutam, mas eu não ouço nada”, disse.
Ele informou que precisa andar quinze quadras para chegar ao bairro Maria Aparecida Pedrossian e conseguir se comunicar.
A empresa Vivo explicou que não sabe precisar quanto tempo será necessário para que o sinal para os moradores seja restabelecido, pois é preciso encontrar um terreno próximo para alugar e instalar a torre, assim como comprar os equipamentos para atender a região sem que o sinal seja enviado ao Complexo Penitenciário de Segurança Máxima do Noroeste.
A argumentação da Sejusp para o pedido de retirada do sinal e adequação para que ele não chegue ao presídio é de que o custo do bloqueador é muito alto, cerca de R$ 4 milhões.
“Para que o Estado faça este bloqueio seria necessário um investimento muito alto, em torno de R$ 4 milhões, e não podemos arcar com os custos operacionais de uma concessionária de serviços públicos, mas que visa lucro”, ressaltou o secretário de segurança pública, Wantuir Jacini.
Segundo dados do censo 2010, são 13.167 moradores no bairro e levantamento deste ano indica que a média do uso de celular pelos brasileiros é de 126,45 linhas habilitadas para cada grupo de cem pessoas.
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