“Não quis matá-lo.” Desta forma sucinta, Susana Freydoz confessou à polícia que vigiava sua casa que era a autora do assassinato de seu próprio marido, o governador da província argentina de Rio Negro, Carlos Soria. A revelação sobre a confissão da morte ocorrida no domingo de madrugada ocorreu ontem (segunda-feira) quando o presidente do Tribunal Superior de Justiça da província, Victor Nievas, declarou que todos os policiais que trabalhavam como guarda-costas do governador – e que no momento do disparo estavam fora da casa – ouviram a confissão da viúva. Segundo o juiz, o caso está “70% resolvido”, já que faltariam alguns dados.

Nievas indicou que Susana – em suposto estado de choque – teria agido em um estado de “emoção violenta”, fato que poderia implicar uma menor pena de prisão. O promotor Miguel Angel Fernández Jahde anunciou que pedirá um exame psiquiátrico para determinar se Susana “por acaso tinha noção da criminalidade de seus atos”.

Informações extraoficiais indicam que ela teria assassinado o governador Soria após descobrir que ele tinha uma amante. Outras informações indicam que ela havia ficado furiosa ao saber que Soria, que tomou posse no dia 10 de dezembro, isto é 22 dias antes de sua morte, não tinha intenção de levar sua mulher, que residia com ele na cidade de General Roca, para Viedma, a capital da província, onde ela teria funções de primeira-dama.

Soria foi morto sobre a cama de sua casa, na cidade de General Roca, com um tiro calibre 38 no rosto. O governador foi enterrado ontem à tarde. A cerimônia fúnebre foi presenciada somente pelos parentes e uns poucos amigos da família, já que os filhos rejeitaram a ideia de um funeral público.