Visão estratégica pode ajudar desenvolvimento do país em uma geração, avalia Inae

Visão de Brasil e salto em competitividade são os dois elementos necessários para que o país possa trilhar novos caminhos de desenvolvimento. “Sem essas duas coisas, não é possível tirar proveito das grandes oportunidades que o país tem”, disse à Agência Brasil o ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, superintendente-geral do Instituto Nacional […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Visão de Brasil e salto em competitividade são os dois elementos necessários para que o país possa trilhar novos caminhos de desenvolvimento. “Sem essas duas coisas, não é possível tirar proveito das grandes oportunidades que o país tem”, disse à Agência Brasil o ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, superintendente-geral do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae). 

A entidade promove nos próximos dias 19 e 20, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, sessão especial para debater o assunto, em complemento ao 24º Fórum Nacional, presidido por Reis Velloso, que foi realizado em maio passado. 
O evento será aberto pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Segundo Velloso, o Brasil já teve épocas de alto crescimento, mas a partir de meados dos anos 80, houve a “desconstrução desse alto crescimento”. 

Ele acredita que hoje é preciso voltar a ter uma visão estratégica de Brasil, “como têm a Coreia, a China”. Sugeriu que em vez de recorrer ao velho protecionismo, o país dê impulso à competitividade internacional, principalmente na área industrial. “Essa é a ideia central”, reiterou. 
Para ele, os dois elementos permitirão que o Brasil se torne um país desenvolvido em uma geração, estimou.

Para isso, o presidente do Fórum Nacional sugeriu ações na área da competitividade, entre elas a opção pela energia elétrica e demais energias renováveis, aproveitando o fato de o Brasil ser o país mais rico do mundo nesse setor. 

Ele lembrou a atenção dada pelo governo federal à infraestrutura e logística.

De acordo com Velloso, outra área que deverá sofrer transformação é a educação. “A educação tem que ser universalizada até, pelo menos, o ensino médio. E educação de qualidade”. 

Observou que, para isso, o importante é ter bons professores, ter bom currículo. Ter o que se chama de código de modernidade, quer dizer, a capacidade de raciocinar, de tomar iniciativas”, disse. 
A programação da sessão especial do Fórum Nacional prevê palestra do novo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, no dia 19, sobre o tema Brasil, País de Classe Média. No mesmo dia, à tarde, falará o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. 
Ele abordará a Estratégia de Desenvolvimento da Energia Hidroelétrica no Brasil.

No dia 20, a sessão de abertura do painel sobre o salto necessário na área de infraestrutura e logística deverá contar com a presença dos ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Paulo Passos, dos Transportes; além dos presidentes da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e do BNDES.

Conteúdos relacionados