Vice-presidente da ACS usa rede social para criticar reajuste de cabos e soldados

O vice-presidente da ACS PMBM/MS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Cláudio Souza, utilizou a rede social para mostrar o seu descontentamento e repudiar o reajuste do Governo do Estado para a categoria. Souza deixou claro na nota que não concorda com o percentual a […]

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O vice-presidente da ACS PMBM/MS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Cláudio Souza, utilizou a rede social para mostrar o seu descontentamento e repudiar o reajuste do Governo do Estado para a categoria.

Souza deixou claro na nota que não concorda com o percentual a ser reajustado e enfocou o seu posicionamento, tendo sido voto vencido.

Confira na íntegra a nota:

NOTA
Repúdio contra o reajuste do Governo de MS

Venho a público manifestar meu repudio contra a ínfima reposição salarial de 6% concedida pelo Executivo os servidores militares do Estado. Em relação à postura do governo cabe ainda esclarecer o seguinte:

É de conhecimento público e notório que em diversos Estados da federação os trabalhadores da segurança pública, estão empreendendo luta pela valorização profissional dos policiais militares e bombeiros militares, tanto salariais, quanto estrutural, para que seja possível o aperfeiçoamento do serviço policial prestado a sociedade brasileira. A imprensa nacional tem mostrado que em vários entes federados os governantes sensibilizados com a causa, estabeleceram uma política salarial, melhorando significativamente os salários e estrutura de trabalho de PMs e Bombeiros.

Em Mato Grosso do Sul, cabos, soldados, sargentos e subtenentes da Polícia Militar e do Bombeiro Militar vem sofrendo, anualmente, seguidos achatamentos salariais. Devido a isso, a categoria tem, por intermédio do diálogo, tentado sensibilizar o governo a estabelecer uma política salarial condizente com a realidade dos servidores militares. No entanto, o Executivo tem se mostrado irredutível em criar mecanismos salariais que resultem em uma maior valorização profissional para Policiais Militares e Bombeiros que cotidianamente arriscam a vida e a segurança de suas famílias em defesa da sociedade sul-mato-grossense.

Neste contexto, a maioria absoluta dos integrantes das instituições militares de segurança publica do Estado se sentiram desprestigiados como trabalhadores e como chefes de famílias pelo atual governador que, mais uma vez, condicionou um mísero percentual de “reposição salarial”, que não pode ser confundido com um “reajuste”.

Por isso, em assembleias gerais extraordinárias, realizadas nos dias 16 e 20 de abril, a categoria rejeitou a proposta do governo, e posteriormente deliberou que os dirigentes da entidade reivindicassem uma nova proposta onde o salário do soldado teria um reajuste de 28%, passando de R$ 1.950, para R$ 2.500, fato que não acarretaria em desequilíbrio financeiro para o Estado, que passa por um bom momento de arrecadação. Pertinente afirmar ainda que também não afetaria a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), uma vez que a administração pública pode utilizar até 60% da arrecadação estadual para despesas com pessoal, atualmente fixado em 49,5%. Vale ressaltar que nos últimos três anos o custeio da folha de pagamento tem baixado significativamente, comportando assim, uma maior disponibilidade de aumento.

Portanto, no meu entendimento como vice-presidente da ACS PMBM/MS, a aplicação do referido índice é inócuo e de caráter irrelevante, diante da defasagem salarial enfrentada. Como vice, defendi a continuidade do movimento deliberado pela categoria, conforme a Assembleia realizada no dia 20, e a realização de outra Assembleia onde a classe deliberaria sobre os indicativos relacionados à negociação salarial. No entanto pela limitação do cargo que ocupo, fui voto vencido.

Ao final, cabe dizer aos trabalhadores da segurança pública que vou continuar lutando como militante do movimento representativo na esperança de alcançarmos a tão sonhada valorização profissional, por meio de uma política salarial decente e condizente com as necessidades da classe.

Cláudio Souza
Vice-Presidente da ACS PMBM/MS
Campo Grande-MS, 09 de maio de 2012

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