Vice da CNA seria cliente de rede internacional de exploração sexual
Preso na última sexta-feira (02) no Acre, o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Assuero Veronez, 62 anos, seria um dos clientes de uma quadrilha que aliciava crianças e adolescentes para exploração sexual. As polícias Civil e Federal investigam se as seis pessoas presas na Operação Delivery, deflagrada em outubro deste ano, integravam uma […]
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Preso na última sexta-feira (02) no Acre, o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Assuero Veronez, 62 anos, seria um dos clientes de uma quadrilha que aliciava crianças e adolescentes para exploração sexual. As polícias Civil e Federal investigam se as seis pessoas presas na Operação Delivery, deflagrada em outubro deste ano, integravam uma rede internacional de tráfico de mulheres para países vizinhos. De acordo com a delegada Elenice Frez, a Bolívia é o principal destino das vítimas.
Se condenado, Veronez pode pegar de quatro a dez anos de prisão. Afastado do cargo após a prisão, o vice-presidente da CNA teve seu pedido de liberdade negado no sábado pela desembargadora Denise Castelo Bonfim. O delegado Nilton César afirma que o pedido de prisão de Assuero se deu a partir da obtenção de provas consistentes que o apontavam como um dos clientes da quadrilha presa. Junto com o líder ruralista também foi preso o pecuarista Adálio Cordeiro Araújo, 79 anos. Uma terceira pessoa está foragida.
Por se tratar de investigação em segredo de Justiça, o delegado preferiu não citar nomes e evitou mais detalhes. Até agora, ao menos 50 pessoas foram ouvidas, entre elas as adolescentes exploradas, com idade entre 14 e 17 anos. De acordo com a delegada Elenice Frez, as jovens não se consideravam vítimas. “Elas admitiam que participavam por vontade própria, pois queriam o dinheiro para se manter. Algumas se mostravam até irritadas com as perguntas”, diz Frez.
O Ministério Público, afirma Lovisaro, iniciará nos próximos dias a fase de processo do caso para que possa apresentar a denúncia à Justiça e pedir a condenação dos acusados. A polícia diz que as investigações vão continuar em busca de mais clientes da quadrilha. Novas prisões não estão descartadas.
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