Não foi tão fácil quanto em 2011, quando garantiu o título com quatro corridas de antecipação, mas o alemão Sebastian Vettel voltou a vencer o Mundial de Fórmula 1 em 2012, tornando-se o mais jovem tricampeão da história da principal categoria do automobilismo.

Vettel “pulverizou”, com 25 anos e 145 dias, o recorde que desde 1991 pertencia a Ayrton Senna, que chegou ao tri com 31 anos e 213 dias.

Recorde este que também esteve ao alcance do espanhol Fernando Alonso, campeão em 2005 e 2006 pela Renault e que chegou à última corrida de 2007, no Brasil, com chances. Ele saiu da “temporada europeia” como líder e favorito ao título, mas o alemão venceu quatro corridas consecutivas e arrancou para mais uma conquista.

Era necessário tirar uma vantagem de dez pontos. A missão do piloto da Ferrari poderia ter ficado mais fácil logo na primeira curva, quando a Red Bull de Vettel virou na pista, mas o alemão conseguiu se manter na prova, terminou em sexto lugar e ficou com três pontos a mais que Alonso (281 a 278).

A escuderia austríaca já havia garantido por antecipação o título de construtores. McLaren e Ferrari brigavam pelo vice, que esteve perto de ser dos ingleses, mas um acidente com o alemão Nico Hulkenberg tirou Lewis Hamilton da primeira posição do GP em Interlagos.

Foi um campeonato com 20 corridas bem mais equilibrado que o anterior, que teve domínio absoluto da Red Bull. Foram oito vencedores diferentes nas oito primeiras provas, um recorde histórico, e média de 57 ultrapassagens por Grande Prêmio.

O ano marcou a segunda e provavelmente definitiva despedida do heptacampeão mundial Michael Schumacher. Aposentado pela primeira vez em 2006, o alemão voltou em 2010, defendendo a Mercedes, mas obteve resultados bem menos expressivos se comparados aos dos tempos de Benetton e Ferrari.

‘Schumi’ deu adeus com apenas um pódio, um terceiro lugar no Grande Prêmio da Europa de 2012, temporada na qual foi apenas o 13º colocado.

Para os brasileiros, o ano não foi dos melhores. Felipe Massa acumulou fracassos na primeira parte da temporada, e a renovação do contrato com a Ferrari se tornou uma novela. No entanto, ele conseguiu um bom desempenho na segunda metade do Mundial, fez as pazes com o pódio, onde não subia desde 2010, e se garantiu na equipe italiana por mais um ano.

Já Bruno Senna até foi mais regular que seu companheiro na Willams, Pasto Maldonado, mas o venezuelano obteve no GP da Espanha a primeira vitória da tradicional escuderia em oito anos. Ao final da temporada, o sobrinho de Ayrton não teve o contrato renovado e conta com poucas chances de disputar o campeonato de 2013.

O ano de 2012 foi o primeiro da Fórmula 1 desde 1993 sem a presença de Rubens Barrichello. Substituído por Bruno Senna na Willams e sem lugar no grid, ele foi tentar a sorte na Fórmula Indy. Competindo por uma equipe menor, a KV Racing, Rubinho teve como melhor resultado um quarto lugar e fechou a temporada em 12º, o segundo melhor entre os novatos. O título ficou com o americano Ryan Hunter-Reay.

Na GP2, o brasileiro Luiz Razia foi o líder durante quase todo o campeonato, mas nas últimas provas foi ultrapassado pelo italiano Davide Valsecchi na classificação e ficou com o vice. Entre os outros representantes do país, Felipe Nasr foi o décimo colocado, e Victor Guerin, que não disputou toda a temporada, foi o 32º entre 34 concorrentes.

Em uma disputa entre espanhóis, Jorge Lorenzo levou a melhor contra Dani Pedrosa e se sagrou bicampeão da MotoGP. No entanto, a principal notícia do ano foi a aposentadoria precoce do australiano Casey Stoner, dono dos títulos de 2007 e 2011.

Em maio, aos 26 anos, Stoner disse que já não tinha mais motivação para competir em alto nível. Ele se despediu da categoria como terceiro colocado do Mundial, e o italiano Valentino Rossi, heptacampeão, foi apenas o sexto.

Sem um piloto na Motovelocidade desde 2007, ano da despedida de Alex Barros, o Brasil voltou a ter um representante. O jovem Eric Granado, de apenas 16 anos, disputou a Moto2 e, em seis corridas, obteve como melhor classificação um 21º lugar entre 34 pilotos na Itália. O campeonato foi vencido pelo espanhol Marc Márquez, enquanto o alemão Sandro Cortese levou a melhor na Moto3.

O ano de 2012 foi ainda de festa francesa no Rali Dacar. Stephane Peterhansel, com um Mini, foi o campeão nos carros, e Cyril Despres, com uma KTM, conquistou o título nas motos. Já entre os caminhões, o holandês Gerard de Rooy, com um Iveco, repetiu a façanha de seu pai, Jan, que venceu a edição de 1987.