Um milhão de pessoas deixaram a pobreza na América Latina, diz Cepal
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) estimou que 1 milhão de pessoas saíram da pobreza entre 2011 e 2012, segundo o Relatório Panorama Social da América Latina 2012. O total de pessoas nessa faixa socioeconômica caiu de 168 milhões, no ano passado, para 167 milhões este ano – o que […]
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A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) estimou que 1 milhão de pessoas saíram da pobreza entre 2011 e 2012, segundo o Relatório Panorama Social da América Latina 2012. O total de pessoas nessa faixa socioeconômica caiu de 168 milhões, no ano passado, para 167 milhões este ano – o que quer dizer que cerca de 28% das mais de 580 milhões de pessoas na América Latina ainda estão em situação de pobreza.
Nesse percentual, não são considerados os casos de extrema pobreza – ou indigência, como classifica a Cepal -, que somam aproximadamente 66 milhões de pessoas (11,5% da população total). Para essa faixa, a expectativa da comissão das Nações Unidas é a que seja mantido o percentual de 2012.
Na análise da Cepal, são consideradas pobres as pessoas que recebem mensalmente menos de R$ 112 per capita e extremamente pobres as que ganham menos de R$ 98. As estimativas da comissão são calculadas com base no consumo calórico de uma cesta de alimentos de determinada população. São considerados preços urbanos e rurais.
De acordo com o estudo, sete dos 12 países latino-americanos avaliados tiveram quedas mais expressivas nos índices de pobreza entre 2011 e 2012. Os destaques foram o Paraguai, onde 5,2% da população saiu da situação de pobreza;o Equador (4,7%) e o Peru (3,5%). No Brasil, o percentual foi 2%.
A Venezuela teve aumento de 1,7% da população em situação de pobreza. No entanto, o país está em destaque com o Uruguai entre as nações que mais diminuíram a desigualdade nos últimos anos. Dados do relatório apontam que, na Venezuela, aproximadamente 20% da renda estão concentrados entre os mais pobres e 23% entre os mais ricos. No Brasil, por exemplo, um dos países da região em que foram identificados os maiores níveis de desigualdade, cerca de 40% da renda estão em poder dos mais ricos, e entre 11% e 15%, com os mais pobres.
Segundo a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, a redução da desigualdade na Venezuela foi resultado de uma combinação de esforços entre áreas como transferência de renda, subsídios a alimentos, programas educacionais e aumento de postos de trabalho.
Para Alicia, outro fator que contribuiu foi a redução da taxa de dependência entre a população. Essa taxa se refere às pessoas economicamente ativas em um domicílio. Anteriormente, havia mais dependência em relação a um chefe de família, que chegava a sustentar várias pessoas. Agora, mais pessoas estão trabalhando, o que aumenta a renda e diminui o peso sobre uma só pessoa.
O relatório da Cepal sobre a América Latina faz parte de uma série de estudos que iniciaram em 2010 sobre os aspectos sociais e a dinâmica da desigualdade na região. Os dados são uma compilação das informações semelhantes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de cada país.
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