Três empresas disputam controle do Grupo Rede Energia, responsável pela Enersul

Três empresas, a Energisa (com apoio da Copel), CPFL e a Equatorial Energia, disputam para negociar a compra do controle do Grupo Rede Energia que tem oito de suas nove distribuidoras de energia sob intervenção do governo desde o fim de agosto. Entre as distribuidoras está a Enersul que atende a 2,5 milhões de usuários […]

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Três empresas, a Energisa (com apoio da Copel), CPFL e a Equatorial Energia, disputam para negociar a compra do controle do Grupo Rede Energia que tem oito de suas nove distribuidoras de energia sob intervenção do governo desde o fim de agosto. Entre as distribuidoras está a Enersul que atende a 2,5 milhões de usuários no Estado.

No início do mês, as duas últimas assinaram um memorando de entendimentos para assumir o controle indireto do Grupo até o final de 2012.

Pelo regime de intervenção decretado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a companhia teria dois meses para apresentar um plano de reequilíbrio financeiro. Se for viável, a Agência aprova a proposta e a intervenção é suspensa. Sem isso, depois desse prazo, os interventores podem negociar diretamente a venda dos ativos.

À Agência Reuters, o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Junior, disse que, a CPFL e a Equatorial tem exclusividade nas negociações com o empresário Jorge Queiroz Junior, controlador do Grupo Rede, até o fim do ano. Segundo ele, as empresas estão começando a ter acesso às informações do plano de recuperação do Grupo Rede e os acionistas do Grupo irão avaliar isso em assembleias.

O plano de Energisa e Copel para o Grupo Rede prevê aportes financeiros iniciais na companhia, segundo comunicado ao mercado da Energisa. A empresa apresentou a proposta diretamente à Aneel.

Ainda conforme o documento, que não traz valores, a operação seria feita de forma a garantir a continuidade da distribuição de energia e demais atividades e compromissos decorrentes das concessões do Grupo Rede, assim como plano de reestruturação e saneamento para o médio e longo prazos.

O plano elaborado pelos controladores atuais do Grupo Rede prevê a necessidade de um aporte de cerca de 773 milhões de reais por parte de investidores.

O Grupo tem uma dívida total estimada em 5,7 bilhões de reais. As distribuidoras da holding distribuem energia em 34 por cento do território nacional, uma área com cerca de 20 milhões de habitantes. O faturamento bruto anual é da ordem de 11 bilhões de reais. 

(Com informações da Agência Reuters e revista Exame)

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