Dois homens por turno da Guarda Municipal farão a ronda 24h no local

Após os feriados festivos, a Guarda Municipal começa oficialmente nesta segunda-feira (2) a fiscalizar todo o território do lixão. No total, serão dois homens por turno, que farão a ronda 24h por dia no local.

“Desde a sexta-feira (30), os guardas municipais permaneceram no local e fizeram o patrulhamento até o domingo (1), porém hoje nós começamos a passar as orientações corretas de como será o trabalho dos homens, a fiscalização na entrada e até a abordagem que eles farão no lixão, caso encontrem crianças no entorno ou dentro do local”, afirma o capitão da polícia militar, João Guilherme Aquino.

A abordagem aos funcionários, de acordo com o capitão, será confirmar o cadastro e entregar as crianças aos pais ou responsáveis. “Uma Kombi da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) ficará a disposição dos guardas para levarem as crianças até as suas casas, acionar o Conselho Tutelar ou até mesmo encaminhá-las para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente)”, diz o capitão.

Homens não terão ponto fixo e atuação e ficarão circulando pelo local

Segundo o capitão, os homens não possuirão um ponto fixo de atuação. “Como é um trabalho de prevenção, vamos ver se o número de profissionais é suficiente ou se ainda precisa de mais, já que existem guardas exclusivos para fazer a vigilância no lixão. Eles serão fiscalizados pelo oficial de dia. Esta é uma determinação do prefeito da capital, do juiz e da secretaria de obras, por conta da lamentável morte do menino Maikon Côrrea, 9 anos. O acidente é também um exemplo para toda a sociedade, que tem de evitar que fatos como este voltem a ocorrer. Nós fazemos a nossa parte, mas os pais devem orientar os seus filhos a não entrarem neste tipo de local”, explica o capitão.

O encarregado do transporte no lixão, Alcindo de Macedo, conta que varia muito o pessoal que trabalha no local. Além disso, passam por dia 60 caminhões circulando, para descarregar e aterrar o lixão. “Aqui é um local perigoso, tem fogo e gás metano, além dos caminhões, da poeira e outros problemas. Faço reuniões periódicas com os catadores, a última foi no sábado (31). Pedimos para cada um fazer a sua parte, mas sempre tem alguém que traz um parente para ajudar. É como um córrego que tem nas proximidades e que sempre está cheio de crianças. Os bombeiros, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e até os homens do 10°BPM (Batalhão da Polícia Militar) já conversaram com as crianças e os pais do bairro Dom Antônio Barbosa, mas sempre tem alguém por lá”, conta Macedo.