A família de Vanderlei Roberto da Silva, 31 anos, atropelado com mais quatro pessoas na madrugada do sábado (31), na saída de uma lanchonete, na Rua Brilhante, em Campo Grande, está “sem chão”.

De acordo com o pai da vítima, Lourival Roberto da Silva, 54 anos, os médicos disseram que aguardam uma reação dele ao tratamento, já que ele teve traumatismo craniano encefálico e edema encefálico cerebral.

“Por causa de um bêbado negligente a minha família está passando por todo esse transtorno. Eu estou com o meu coração partido e sei muito bem que o que está acontecendo com ele é muito grave. Todos os dias vou visitá-lo, vejo a cabeça dele bem inchada, com lesões e meu coração de pai fica desolado. Meu filho era um homem alegre e trabalhador e agora está sedado e cheio de aparelhos. Acho que os pais desse “tranqueira” que o atropelou e ele mesmo tem que pagar pelo que aconteceu”, afirma Lourival.

Após o acidente, o condutor do Fiat Uno, Rafael Freitas Silva, 18 anos, prestou depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Piratininga e foi liberado. “Essa coisas vão continuar a acontecer enquanto não houver uma lei severa para punir estas pessoas. Temos o direito de ir e vir, mas não é por isso que podemos sair atropelando todo mundo no trânsito e simplesmente ir à delegacia, falar e ir embora. Eu vim de Ponta Porã e a mãe dele chegou ontem de Dourados para ver o nosso filho. Tenho certeza que o motorista negligente não tem idéia da dor que ele está causando”, conta Lourival.

Tio da vítima, Ailton Roberto da Silva, 40 anos, conta que fazia apenas um mês que ele estava em Campo Grande, refazendo a sua vida após se separar da ex-mulher em Nova Londrina (PR). “Meu sobrinho ia morar comigo, porque já veio para cá com o emprego certo do frigorífico. Ele chegou em uma quinta-feira e no outro dia já foi chamado, estava muito feliz com o novo emprego. Agora encontro o pai dele sempre chorando, aguardando uma decisão sobre o que pode acontecer com o filho. A mãe nem se fala, está chocada”, conta o tio da vítima.

Além de Vanderlei, mais quatro pessoas foram atropeladas. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, Maria Cleuza da Costa, 45 anos, e Adriele Hevi de Melo Vaz, 19 anos, estão juntas no setor de enfermaria, sendo acompanhadas pelo ortopedista e neurologista. Maxi Miller, 21 anos, sofreu leves escoriações e teve alta no mesmo dia. Já Edilson Quadros Leite, 45 anos, também passou por cirurgias e aguarda em repouso no setor de ortopedia.