Anunciadas pela Econômica Federal na semana passada e em vigor a partir desta segunda-feira (11), entre as novas medidas estão à ampliação dos prazos de financiamento habitacional, com recursos da Poupança (SBPE) e alienação fiduciária, além de redução das taxas.

Atualmente, o prazo de financiamento é de até 30 anos e foi ampliado, podendo chegar a 35 anos. Mas, as medidas valem apenas para contratos novos.

Redução

Novas reduções nas taxas de juros dos financiamentos com recursos SBPE também foram anunciadas pela Caixa. Com isso, imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caem para 8,85% para todos os clientes.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Caixa em Mato Grosso do Sul, as taxas podem chegar a 7,8%, considerando o grau de relacionamento que o cliente tem com o banco.

Para entender melhor o que isso representa, em um exemplo, as condições de financiamento de uma pessoa com renda familiar de R$ 10 mil, independente do relacionamento com o banco, nas regras anteriores, o mutuário financiava até R$ 267 mil. Já com as novas taxas e o prazo de 420 meses, o tomador pode financiar até R$ 280 mil. E, por meio de conta salário, se o mutuário for cliente da Caixa, o financiamento pode chegar a R$ 303 mil.

Habitacional

Em Mato Grosso do Sul, nos cinco primeiros meses deste ano, a Caixa assinou 7.270 contratos habitacionais, perfazendo um total de R$ 612 milhões em financiamentos.

O crescimento, se comparado com o mesmo período do ano passado, foi de 78,29%. Refletindo no aquecimento do setor imobiliário.

Pessoa Jurídica

As taxas de juros para financiamento à produção de unidades residenciais com recursos da poupança também estão sendo anunciadas pela Caixa, além da ampliação do prazo de 24 para 36 meses.

No programa Plano Empresa da Construção Civil, atualmente a taxa efetiva é praticada a 11,5% e está sendo reduzida para 10,3%. Nos casos dos clientes com relacionamento na Caixa, a taxa poderá chegar a 9%.

Os juros efetivos para imóveis comerciais estão sendo reduzidos de 14% pra 13%, com perspectiva de chegar a até 11% para clientes que têm relacionamento com a instituição financeira.

Cenário

Para o economista Geovani Bordigon Cantelli apesar do momento apontar facilidades de créditos é fundamental avaliar outros fatores. “É preciso ter um bom planejamento financeiro e analisar não só a redução de juros, mas a própria renda, preço dos imóveis e inflação”.

Cantelli destaca que se a pessoa possui uma reserva em dinheiro, mesmo assim deve avaliar seus rendimentos. “Se tem perspectiva de reajuste salarial, se não vai comprometer mais de 40%, ou 50% da renda e precisa agir com prudência. Aí sim seria um momento vantajoso”.