Foi registrado em Tacuru o primeiro caso de prisão em flagrante por suposta captação de sufrágio, ou “compra de votos”, na campanha eleitoral para as eleições municipais 2012 no Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul.

Segundo o delegado titular de Polícia Civil em Tacuru, Dr. Eduardo Lucena, responsável pelas investigações do caso, Luiz Sérgio Gaia, de aproximadamente 50 anos, foi preso quando abastecia veículos em um posto de combustível da cidade, supostamente em troca da participação dos veículos em uma carreata organizada pela coligação “Tacuru de Todos”, que tem como candidata a prefeita a professora Márcia Norbutas (PT) e como vice o vereador e empresário no município, Adailton de Oliveira, do PSDB.

De acordo com o delegado, no ato do flagrante pelo menos 50 veículos aguardavam em uma fila para serem abastecidos e o abastecimento era coordenado pelo próprio acusado, Luiz Gaia, que, segundo a polícia, atuava como um dos coordenadores da campanha da candidatura petista em Tacuru.

Segundo o delegado, Dr. Eduardo Lucena, depois de preso, Luiz Gaia foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Tacuru, onde foi autuado em flagrante pelo crime de compra de votos e liberado para responder ao processo em liberdade após pagar fiança no valor de doze salários mínimos vigentes no País, o equivalente a R$ 7.464 reais.

Segundo o delegado, o inquérito policial que investiga o caso deverá ser concluído nos próximos dias e encaminhado à Justiça Eleitoral da 25ª Zona Eleitoral, situada na Comarca de Iguatemi, a qual o município de Tacuru pertence.

Coligação adversária entrou com representação

Por conta da situação, uma das coligações adversárias da candidatura petista no município nas eleições 2012, a coligação “Unidos por Tacuru”, que tem como candidato a prefeito o atual vice-prefeito do município, Paulo Pedro Rodrigues, o “Pedrinho” (DEM), entrou com uma representação junto a Justiça Eleitoral pedindo a cassação do registro da candidatura da coligação “Tacuru de Todos”.

Os representantes alegam que ao ser preso, Luiz Sérgio Gaia teria afirmado à polícia, que o combustível que estria sendo colocado nos veículos seria pago pela candidata Márcia Norbutas.