Superlotação obriga Hospital da Vida rejeitar pacientes de fora de Dourados

Superlotação no Hospital da Vida bate o recorde e obriga a direção a suspender temporariamente o atendimento a pacientes da região. Conforme noticiado semana passada, pelo Douradosagora, com as enfermarias lotadas, faltam até corredores para abrigar pacientes que chegam a toda hora. Médicos e enfermeiros dizem que a situação é insustentável. O problema é crítico […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Superlotação no Hospital da Vida bate o recorde e obriga a direção a suspender temporariamente o atendimento a pacientes da região. Conforme noticiado semana passada, pelo Douradosagora, com as enfermarias lotadas, faltam até corredores para abrigar pacientes que chegam a toda hora. Médicos e enfermeiros dizem que a situação é insustentável.

O problema é crítico devido ao frio que os pacientes passam. O corredor estreito não é totalmente fechado. O vento gelado consome o local. Acompanhantes não têm onde ficar de tão apertado que é o corredor, local de acesso entre o pronto de socorro e a enfermaria.

O diretor geral do Hospital da Vida, Orlando Martelli Filho, disse ao Douradosagora que seriam necessários mais 40 leitos para desafogar a unidade. “Não para de chegar pacientes. Estamos atendendo no limite”, disse ele. A situação também é crítica devida a greve no Hospital Universitário, que hoje completa doze dias. “Diariamente solicitamos transferência de pacientes para o HU, mas os pedidos são negados”, reiterou Orlando.

O Hospital da Vida conta com 74 leitos, desses seis são destinados ao pronto de socorro, que se transformou em enfermaria. O paciente que chega com trauma na unidade não tem onde ficar, já que o pronto de socorro está lotado.

Com tanto paciente, a equipe médica faz seleção de acordo com cada caso na hora de internar na enfermaria ou no corredor. A aposentada Dulce Teixeira, de 77 anos, sofreu queda e teve que passar por cirurgia no joelho. Desde domingo ela está no corredor.

Tremendo de frio, em baixo do cobertor, ela conversou com a reportagem. “Não vejo a hora de ir para casa. Aqui bate um vento muito gelado. Não agüento mais”, disse ela. A nora Azize estava como acompanhante. “Isso aqui é uma vergonha. Falta de respeito até com pessoas idosas”, disparou.

Caos

O caos no Hospital da Vida se arrasta há pelo menos quatro meses. Médicos chegaram inclusive a anunciar demissão em massa. Eles deram um prazo, que vence em 15 de julho, para a Prefeitura de Dourados encontrar uma solução para o impasse.

A categoria denuncia falta de estrutura para trabalhar no hospital. A fonte do problema está na falta de repasses financeiros para atender a demanda, que cresce a cada dia.

 

Conteúdos relacionados