Servidores do judiciário entram em greve até garantir nova negociação com governo

Apenas 30% dos funcionários trabalham em regime de plantão. Categoria reivindica, além do salário, melhores condições de trabalho e votação do PCC.

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Apenas 30% dos funcionários trabalham em regime de plantão. Categoria reivindica, além do salário, melhores condições de trabalho e votação do PCC.

Sem evolução nas negociações, servidores do Judiciário, não só da Capital, mas em todo o estado de Mato Grosso do Sul entraram em greve a partir desta quarta-feira (23).

“Não temos data prevista para acabar com a greve. Tentamos várias negociações com o governo, mas diante da intransigência decidimos funcionar apenas em regime de plantão, com apenas 30% dos servidores presentes nas comarcas”, afirma o presidente do Sindjus/MS, Dionísio Gomes Avalhaes.

Data base da categoria neste mês de maio, o presidente do Sindjus conta que pediu um aumento linear de 14% no salário e em contrapartida obteve uma proposta do Governo do Estado de acréscimo de 6%, que faz o mínimo dos servidores saltar de R$ 1,2 mil para pouco mais de R$ 1,4 mil.

“Pensamos que seria possível acatar a proposta do governo, mas com o acréscimo de R$ 150. Fizemos um estudo e descobrimos que, na folha de pagamento, até o final do ano, o impacto de aumento é de cinco milhões, algo possível e que beneficia cerca de 3,3 mil servidores”, explica o presidente do Sindjus/MS.

Além do salário, a categoria reivindica a votação do PCC (Plano de Cargos e Carreiras) e também melhores condições de trabalho. “O servidor do judiciário atualmente sofre com pressão no trabalho, assédio moral e significativa quantidade de processos contra o servidor. Tudo isso está refletindo em um “adoecimento” que precisa ser solucionado através de um política de saúde”, conclui o presidente do Sindjus/MS.

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