Serviço secreto dos EUA teve 64 casos de má conduta sexual em 5 anos
O Serviço Secreto dos EUA foi alvo de 64 reclamações de conduta sexual inadequada nos últimos cinco anos, segundo inquérito no Congresso americano para investigar um escândalo de prostituição na Colômbia envolvendo agentes. De acordo com o senador independente Joe Lieberman, líder da comissão de segurança interna, a maioria das reclamações envolve emails sexualmente […]
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O Serviço Secreto dos EUA foi alvo de 64 reclamações de conduta sexual inadequada nos últimos cinco anos, segundo inquérito no Congresso americano para investigar um escândalo de prostituição na Colômbia envolvendo agentes.
De acordo com o senador independente Joe Lieberman, líder da comissão de segurança interna, a maioria das reclamações envolve emails sexualmente sugestivos, três são relativas a relações inapropriadas com estrangeiros e uma se refere a relação sexual não-consensual.
Lieberman considerou as alegações são “perturbadoras”.
Em depoimento ao Congresso, o diretor do Serviço Secreto americano, Mark Sullivan, disse que esse tipo de conduta inapropriada não é tolerada.
Segundo Sullivan, a alegação de relação sexual não-consensual foi investigada, mas o caso não foi adiante.
Sobre as relações inapropriadas, Sullivan disse que foram tomadas ações administrativas.
ESCÂNDALO
Desde que o escândalo veio à tona, no mês passado, oito agentes do Serviço Secreto, incluindo dois supervisores, foram afastados.
Eles foram acusados de terem levado mais de 20 prostitutas para seus quartos em um hotel em Cartagena, na Colômbia, onde estavam para fazer a proteção da comitiva do presidente Barack Obama, durante a Cúpula das Américas.
Outros quatro agentes e uma dúzia de militares também foram implicados no episódio, que ganhou as manchetes após a polícia intervir por disputas no pagamento a uma das prostitutas.
Pelo menos quatro funcionários demitidos por causa do escândalo estão contestando a decisão.
O senador Lieberman disse acreditar que, caso o agente não tivesse discutido com a prostituta sobre o pagamento, “o mundo nunca teria sabido dessa história sórdida”.
A senadora republicana Susan Collins disse que o escândalo, incluindo o fato de os funcionários do Serviço Secreto terem usado seus nomes reais para levarem mulheres ao hotel, “infelizmente sugere uma questão de cultura”.
Segundo Collins, mesmo se os agentes não tivessem documentos importantes com eles no hotel, eles “voluntariamente se tornaram alvos em potencial não apenas para serviços secretos e de inteligência, mas também para grupos como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ou carteis de drogas”.
De acordo com o chefe do Serviço Secreto, não houve quebra de segurança no episódio em Cartagena e o comportamento dos envolvidos no escândalo não reflete a conduta geral da agência.
Sullivan classificou o incidente como uma “aberração”. Logo após o escândalo, o Serviço Secreto tornou mais rigorosas as regras para funcionários em viagem ao exterior.
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