O Serviço Secreto dos Estados Unidos distribuiu nesta sexta-feira novas normas de conduta obrigatórias após os escândalos de vários agentes do corpo encarregado da do presidente americano, Barack Obama.

Entre as seis regras distribuídas nesta sexta-feira em um memorando interno estão: não levar estrangeiros aos quartos de hotel, com exceção de agentes de segurança oficiais, não freqüentar “estabelecimentos não reputados” e não beber álcool nas dez horas anteriores a seu horário de trabalho.

O porta-voz do Serviço Secreto, Bryan Leary, confirmou à revista “Político” que as normas, tituladas de “padrões melhorados de conduta”, entraram em vigor de forma imediata e se aplicarão a todo o pessoal do Serviço.

Além disso, as regras exigem a realização de uma sessão informativa sobre os padrões de conduta antes de cada viagem oficial, incluído as estrangeiras. Por último, estabelecem que os funcionários de segurança do Departamento de Estado proporcionem sessões informativas sobre o país visitado na chegada dos agentes, como forma de explicar os problemas de segurança e zonas proibidas.

O reforço normativo ocorreu depois de um escândalo durante a VI Cúpula das Américas, realizada em 14 e 15 de abril em Cartagena de Indias (Colômbia). Após a divulgação do envolvimento de pelo menos um dos agentes com prostitutas, 12 agentes foram substituídos.

Esse agente, identificado hoje como Arthur Huntington, discutiu com uma prostituta após, supostamente, se negar a pagar o dinheiro combinado. Ele foi um dos nove oficiais afastados do corpo de segurança após o escândalo, informou a cadeia “CNN”.

O caso tomou novas dimensões na última quinta, quando a cadeia “KIRO-TV” de Seattle revelou que empregados do Serviço Secreto supostamente receberam favores sexuais em San Salvador e levaram prostitutas ao hotel antes da visita do presidente Barack Obama ao país, em março de 2011, citando fontes anônimas.

Segundo o “Washington Post”, os agentes que acompanharam ao ex-presidente Bill Clinton em uma visita a Buenos Aires (Argentina) em 2009, também viveram uma noite de festa.

O senador republicano Charles Grassley, pediu na última quinta uma investigação independente sobre o episódio de El Salvador e disse nesta sexta-feira à cadeia “CBS” que “algo vai muito mal em Washington se pessoas do Serviço Secreto não forem punidas pelos escândalos”.

No entanto, a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, última responsável do Serviço Secreto, assegurou na quarta, diante do Senado, que o caso da Colômbia era um episódio isolado, e reiterou sua confiança no diretor do corpo de segurança, Mark Sullivan.