O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, saiu em defesa nesta sexta-feira da Arquidiocese de São Paulo, que divulgou um comunicado em que ataca Celso Russomanno, candidato do ao cargo. O motivo foi um texto, escrito em 2011 pelo bispo da Igreja Universal Marcos Pereira, presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno, no qual ele relaciona a Igreja Católica à proposta do kit anti-homofobia nas escolas, que pretendia combater a homofobia.

“Só li uma matéria curta e realmente me parece absurda a critica feita à Igreja Católica, responsabilizando-a pelo ‘kit ’. Não tem cabimento culpar a Igreja Católica (risos). Tenha paciência”, afirmou.

A entidade se disse preocupada com a relação de Russomanno com a Igreja Universal do Reino de Deus, que, segundo os católicos, incita a intolerância religiosa. Serra, no entanto, não quis comentar a reação da igreja. “Eu não vi. Só li a crítica”, disse.

Serra falou sobre a polêmica entre o PRB e a Igreja Católica durante visita à Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. O local passa por uma reforma, que começou ainda em 2010, e será reinaugurado no próximo dia 29 de setembro, uma semana antes do primeiro turno das eleições municipais.

O fato fez com que três pessoas criticassem o tucano. “Isso é desespero. É muito feio vir em obra que não foi inaugurada. Que desrespeito. É desespero”, gritou uma mulher com um megafone, que não funcionou. Na hora, Serra ignorou a crítica, mas em seguida usou seu celular para tirar uma foto da manifestante.

Questionado sobre os protestos em entrevista coletiva, Serra ironizou. “Que pessoas? Eu não vi ninguém. Só tinha uns petistas lá com um megafone. Eu vim olhar porque não tinha visto e eu comecei (a obra). Da mesma maneira que vim ver a São Paulo Escola de Teatro, que foi ideia minha. O prédio foi ideia minha. Eu não conhecia porque foi inaugurada durante campanha eleitoral de 2010”, respondeu.

O candidato aproveitou o assunto para prometer a “restauração de grandes salas de cinema do passado”.

“Revitalização do centro e cultura andam de mãos dadas. Por isso nós criamos aqui em São Paulo a Virada Cultural. Por isso fizemos a São Paulo Escola de Teatro. São Paulo Companhia de Balé e muitas outras iniciativas. Os próximos passos serão a Praça das Artes e a restauração de grandes salas de cinema do passado, que vão voltar a exibir filme. Enfim nós vamos revitalizar o centro cada vez mais e pelo lado cultural”, disse.