A disputa do Superclássico das Américas perde um pouco do valor em função de apresentar jogadores menos badalados de Brasil e Argentina – ambos não podem convocar nomes da Europa. Ainda assim, a Seleção Brasileira deve aproveitar o encontro com o maior rival, nesta quarta-feira, às 21h50, no estádio Serra Dourada (Goiânia), para mais um capítulo de sua árdua missão em agradar a torcida depois da goleada sobre a China por 8 a 0.

Logo no primeiro dia de trabalho em Goiânia, o técnico Mano Menezes escutou manifestações de “burro” sobre o seu trabalho. Embora claramente chateado, ele sabe que pode reverter o quadro desfavorável apenas com resultados positivos.

“Eu falo deste tema com bastante naturalidade, alguns acreditam em mim, outros não. Eu procuro, com atitudes, não contribuir para que isso permaneça. Estamos confiantes no que fazemos. Claro que também vejo a questão do respeito como uma virtude para aqueles que têm”, ironiza o treinador.

A Argentina promete vir mordida para dar o troco da última edição. No ano passado, o título do Superclássico das Américas ficou com o Brasil, que obteve um empate fora de casa e um triunfo por 2 a 0 na cidade de Belém.

Mano Menezes prefere esquecer as armas e a motivação do adversário. “Não escolho como joga o adversário, cabe a nós decidir como o Brasil vai se portar em campo, independentemente de quem está do outro lado. Vamos tentar tirar o máximo de proveito desse jogo”, promete.

Na escalação, Mano Menezes pretende manter a formação ofensiva dos últimos jogos da Seleção Brasileira. Lucas e Neymar serão os principais nomes do ataque, que também pode ter Luis Fabiano pela primeira vez desde a Copa do Mundo de 2010.

Do lado oposto, a Argentina se beneficia mais uma vez do regulamento e pôde convocar atletas que atuam no Brasil. O técnico Alejandro Sabella irá utilizar Hernán Barcos (Palmeiras), Juan Manuel Martínez (Corinthians), Pablo Guiñazú (Inter) e Walter Montillo (Cruzeiro).

“Vamos contar uma equipe mesclada de juventude e experiência e vejo a Argentina em condições de jogar de igual para a igual com o Brasil porque armamos um bom plantel”, avisa o zagueiro Seba Dominguez.

No entanto, a tendência é que os argentinos atuem de forma mais cautelosa, em um esquema diferente de seu time principal. Alejandro Sabella abre a chance até de escalar três zagueiros para conter a velocidade brasileira.

FICHA TÉCNICA

BRASIL x ARGENTINA

Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)

Data: 19 de setembro de 2012, quarta-feira

Horário: 21h50 (de Brasília)

Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)

Assistentes: Rodney Aquino e Carlos Cáceres (ambos do Paraguai)

BRASIL: Jefferson; Lucas Marques, Dedé, Rever e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Jadson; Lucas, Luis Fabiano e Neymar

Técnico: Mano Menezes

ARGENTINA: Ustari; Desábato, Seba Domínguez e Vergini; Peruzzi, Maxi Rodríguez, Braña, Guiñazu e Clemente Rodríguez; Mori (Martínez) e Mugni (Barcos)

Técnico: Alejandro Sabella.