A menos de 48 horas do segundo turno da eleição em Campo Grande, servidores públicos participaram de um churrasco na Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) nesta sexta-feira (26).

A reportagem do Midiamax recebeu a informação de que o encontro teria a participação do candidato governista à Prefeitura de Campo Grande, Edson Giroto (PMDB), e foi até o local, visto que as reuniões políticas já estão proibidas e, mesmo quando permitida, é vedada em locais públicos, sendo ainda mais grave com a realização de almoços e jantares.

O Midiamax chegou à Agesul perto das 11 horas e perguntou se no local haveria alguma reunião. O segurança disse que não aconteceria reunião ou confraternização. A reportagem deu a volta na quadra e percebeu que havia várias mesas espalhadas pelo pátio, incluindo churrasqueira e freezer com bebidas.

O Midiamax ficou no local por quase duas horas e pode ver vários carros com adesivo do candidato Edson Giroto chegando, incluindo o veículo com o secretário de Obras do Estado, Wilson Cabral. Durante a reunião, foi realizado sorteio de brindes e depoimentos sobre a eleição, ressaltando que “Campo Grande não pode parar”, em referência ao slogan da campanha do candidato governista.

Às 13 horas dois homens apareceram em um carro comum, sem adesivos e de maneira grosseira questionaram o que a reportagem estava fazendo no local. Um dos homens pediu para o colega chamar os guardas para coagir a reportagem, que estava do lado de um prédio público.

Questionado se haveria problema da reportagem estar do lado de fora do prédio, um dos homens respondeu com um sonoro: “Não te interessa”. Os homens só baixaram o tom de voz quando viram o carro da redação do Midiamax chegando. Neste momento eles disseram que a reunião era apenas de confraternização por conta do Dia do Servidor Público, comemorado no dia 28 de outubro, e falaram que a reportagem poderia entrar.

Proibido

A legislação eleitoral prevê multa e até cassação do registro ou diploma do candidato envolvido em ato como uso, em benefício de candidato, partido ou coligação, de bens imóveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, Estado ou Município.