Saúde facilita acesso dos doentes crônicos à vacinação
O Ministério da Saúde vai descentralizar o acesso à vacina contra a influenza para pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de casos graves. Uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde. O detalhamento permitirá que os profissionais […]
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O Ministério da Saúde vai descentralizar o acesso à vacina contra a influenza para pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de casos graves. Uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde. O detalhamento permitirá que os profissionais de saúde possam avaliar, com mais precisão, a adequação da pessoa com doença crônica à recomendação de uso da vacina.
No grupo, a existência destas doenças ou condição prévia é um fator de risco quando associada com a infecção pelo vírus da influenza, situação chamada de comorbidade. Com a lista, o entendimento para quais casos e condições a vacina é indicada fica mais clara. Por exemplo, as doenças cárdicas crônicas passam a ter as seguintes descrições: doença cardíaca congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca isquêmica e insuficiência cardíaca. A expectativa é que com esse detalhamento, um maior número de pessoas desses grupos seja vacinado.
A ação já entra em vigor na próxima campanha de vacinação contra a influenza, em 2013, e deve atender a cerca de seis milhões de pessoas em todo o país. Com o estabelecimento e a divulgação da lista de doenças crônicas e outras condições de maior risco para casos graves e complicações da influenza, as pessoas portadoras poderão ter acesso à vacina em qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Imunização, Comitê Técnico Assessor em Imunização, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Neste ano, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas com comorbidades se dirigissem aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). “Não havia uma proibição para que esse grupo fosse vacinado nos postos de saúde, entretanto a medida possibilita que equipes de qualquer unidade de saúde avaliem corretamente a adequação da pessoa à recomendação de uso da vacina. Isso facilitará a descentralização, preservando a indicação técnica adequada”, esclarece Jarbas Barbosa.
O objetivo da campanha de vacinação contra a influenza é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e óbitos. O Ministério da Saúde segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao eleger, como grupo prioritário, os idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de determinadas doenças crônicas.
Em 2012, a meta de vacinação, que era de 80% para os grupos prioritários, foi superada. A cobertura alcançou 86,24%, o que corresponde a 25.9 milhões de pessoas vacinadas. “Foi uma das maiores coberturas vacinais contra a influenza do mundo, obtida graças à parceria entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde, e também devido à dedicação das equipes de profissionais de saúde e ao apoio da população brasileira às ações de vacinação”, observa o secretário.
COMPOSIÇÃO – A vacina contra a gripe é segura e protege contra os três tipos de vírus da influenza que mais circularam no inverno do ano anterior. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde divulga, em fevereiro e em setembro, a composição da vacina para os hemisférios Norte e Sul, respectivamente. Na vacina que começou a ser elaborada para utilização na campanha de 2013 encontra-se o vírus da influenza A (H1N1).
A gripe é diferente do resfriado e de outros quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o aparecimento de febre (temperatura maior que 38º C), sintomas respiratórios (tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, moleza e dores no corpo. A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nesses grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contraa gripe é adotar as medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.
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