Ex-presidente francês é acusado de receber dinheiro da Líbia de Kadafi para sua campanha em 2007

O ex-presidente da Franç,a Nicolas Sarkozy, perde nesta sexta-feira (15/06) a imunidade política relacionada ao seu antigo cargo e deve ser intimado a responder três investigações judiciais.

Dois processos se referem ao financiamento de sua de 2007. A Justiça investiga se o político recebeu ilegalmente grandes quantias de dinheiro da multimilionária Liliane Bettencourt, dona da empresa de cosméticos L’Oreal, e do antigo governo da Líbia.

Em abril deste ano, o site francês Mediapart divulgou nota do serviço secreto líbio, assinada por seu chefe Moussa Koussa, que confirmava a transação de 50 milhões de euros. O ex-presidente, que liderou a intervenção militar à Líbia, é suspeito de ter mantido negociações secretas com o governo de Muamar Kadafi.

A participação do político na campanha de reeleição do então presidente Edouard Balladur em 1995 também está sob investigação. Segundo denúncias, Sarkozy permitiu a utilização do dinheiro de comissões sobre a venda de armas ao e à Arábia Saudita na corrida pela presidência.

O jornal Liberátion acusou Sarkozy de ter autorizado a criação de uma empresa em Luxemburgo para movimentar os recursos das comissões, aplicando-os na campanha.