Rubinho lidera e Kanaan termina em terceiro, mas Franchitti vence em Indianápolis

O temor e a expectativa em torno da estreia de Rubens Barrichello em ovais se mostraram infundados. Neste domingo, o brasileiro correu pela primeira vez nas 500 milhas de Indianápolis e, se não brilhou, foi eficiente o bastante para até liderar a prova por pouco tempo, terminando a corrida na 11ª colocação. Na ponta, quem […]

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O temor e a expectativa em torno da estreia de Rubens Barrichello em ovais se mostraram infundados. Neste domingo, o brasileiro correu pela primeira vez nas 500 milhas de Indianápolis e, se não brilhou, foi eficiente o bastante para até liderar a prova por pouco tempo, terminando a corrida na 11ª colocação.

Na ponta, quem brilhou mesmo foi Tony Kanaan. O brasileiro, coadjuvante durante as 150 primeiras voltas, chegou à quinta colocação aos poucos e deu o bote em uma relargada a cerca de 18 voltas do fim. O companheiro de equipe de Rubinho chegou a liderar a sete voltas do fim, quando uma nova relargada o deixou na terceira colocação final, com Dario Franchitti vencendo a prova.

Nas voltas decisivas, o escocês chegou a brigar com o companheiro de equipe Scott Dixon, mas só garantiu a vitória de fato nas últimas curvas, quando defendeu-se do último ataque de Takuma Sato, que acabou batendo antes da linha de chegada.

A comemoração de Franchitti, que conquista a prova pela terceira vez na carreira, só veio mais de três horas depois do início da corrida. A prova começou em clima de comoção por conta da programação que antecedeu a largada. Na próxima segunda, os norte-americanos celebram o Memorial Day, feriado em que lembram de compatriotas que morreram em guerras. Por isso, as homenagens e o tom de luto já seriam esperados.

Neste fim de semana, no entanto, o clima de respeito foi ainda maior. No ano passado, Dan Wheldon ganhou em Indianápolis, de maneira emocionante, a última corrida de sua vida. Meses depois, ele morreria na etapa de Las Vegas da categoria, em um acidente que chocou o esporte.

Passadas as homenagens e os protocolos tradicionais da Indy, os pilotos finalmente puderam acelerar no maior templo do automobilismo americano. Rubinho, grande atração para os fãs brasileiros da categoria, foi coadjuvante em quase toda a prova, especialmente na primeira metade.

Rubinho largou em décimo, não arriscou muito e perdeu algumas posições nas primeiras idas aos boxes. Seu grande momento de brilho foi por volta da 120ª volta.

Naquele momento, Barrichello se aproveitou das paradas dos primeiros colocados para liderar brevemente a corrida. O status durou pouco, é verdade, mas foi a cereja do bolo em sua primeira prova em ovais, estilo que causava certo temor no piloto e em sua família e que quase o impediu de acertar sua ida à Fórmula Indy.

Os outros brasileiros tiveram destaque parecido com o de Rubinho. Helio Castroneves chegou a se aproximar das primeiras posições em diversos momentos, mas nunca brigou de fato pela vitória.

Castroneves, aliás, por pouco não participou do grande acidente da prova. Por volta da 80ª volta, Mike Conway bateu forte e atingiu Will Power, líder do campeonato. O brasileiro, que passava pelo setor exatamente na hora, quase foi atingido por um pneu, mas conseguiu desviar a tempo. Conway e Power saíram ilesos.

O destaque negativo entre os brasileiros foi Bia Figueiredo. Ela chegou a largar bem e ganhou algumas posições na primeira metade da prova, mas rodou por volta da 90ª volta, causou uma bandeira amarela e teve de ir aos boxes para recuperar o carro. Mesmo nove voltas atrás do penúltimo colocado, Bia decidiu voltar a pista e só abandonou de vez a dez giros do fim.

Apesar do abandono logo cedo, Will Power segue líder do campeonato, agora com 193 pontos. Helio Castroneves, que era vice-líder, foi ultrapassado por Scott Dixon e James Hinchcliffe. Dario Franchitti agora é o quinto.

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