Romney esquece rivais republicanos e ataca Obama após vitórias em série

Um dia depois de vencer as prévias em Wisconsin, Maryland e na capital, Washington, Mitt Romney ignorou seus rivais do Partido Republicano e lançou ataques contra Barack Obama, assumindo o papel de adversário do presidente americano na disputa pela Casa Branca em novembro. Para o senador John McCain, os outros concorrentes nas primárias, como o […]

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Um dia depois de vencer as prévias em Wisconsin, Maryland e na capital, Washington, Mitt Romney ignorou seus rivais do Partido Republicano e lançou ataques contra Barack Obama, assumindo o papel de adversário do presidente americano na disputa pela Casa Branca em novembro.

Para o senador John McCain, os outros concorrentes nas primárias, como o segundo colocado e ex-senador da Pensilvânia, Rick Santorum, deveriam desistir e apoiar Romney. Assim, o ex-governador de Massachusetts e o partido poderiam se concentrar em Obama, evitando um desgaste ainda maior no processo de escolha republicana.

Em conferência da Associação dos Jornais dos EUA, em Washington, Romney não mencionou os nomes de Santorum, Newt Gingrich e Ron Paul, preferindo responder às críticas feitas a ele por Obama no dia anterior.

“O presidente veio aqui ontem (terça-feira) e atacou argumentos que ninguém tem defendido e criticou políticas que ninguém está propondo. Esta é uma das estratégias favoritas dele para evitar falar de seu histórico”, disse o ex-governador de Massachusetts.

Romney acrescentou ainda que o presidente “possui uma agenda secreta” em política externa, energia e orçamento. De acordo com o republicano, isso ficou claro na conversa flagrada por microfones entre Obama e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev.

Obama afirmou que teria mais flexibilidade depois das eleições para negociar com o presidente eleito russo, Vladimir Putin, a questão do escudo antimísseis que os EUA querem instalar no Leste Europeu.

Obama, também em discurso na Associação dos Jornais dos EUA, havia criticado Romney por apoiar a proposta de orçamento do Partido Republicano, classificando-o como um “radical” distante de “Ronald Reagan e Abraham Lincoln”, que o presidente descreve como “dois moderados históricos entre os republicanos”.

Nas primárias de terça-feira, Romney obteve 80 delegados, enquanto Santorum conquistou 6 – Ron Paul e Newt Gingrich não ganharam nenhum. De acordo com contagem do New York Times, o ex-governador tem 655 delegados até agora, bem na frente de Santorum, o segundo colocado, que tem 278. Para ser escolhido como candidato, são necessários 1.144 delegados.

Para o ex-governador, o principal resultado de terça-feira foi a vitória em Wisconsin, onde ele chegou a ficar atrás de Santorum nas pesquisas, algumas semanas atrás. Ele obteve 44% dos votos, enquanto o ex-senador ficou com 37%. Em Maryland, a vitória foi mais ampla (49% a 28%). Na capital, ele conseguiu 70% dos votos. Seu rival, por falha de sua campanha, não teve o nome incluído na cédula.

Em entrevista para a TV CBS, McCain, derrotado por Obama nas eleições de 2008, afirmou que “está claro que Romney será o candidato”. “Espero que Rick Santorum entenda que chegou o momento de uma saída honrosa”, acrescentou o senador do Arizona, uma das figuras mais influentes do partido.

Santorum respondeu a McCain dizendo que nunca foi o candidato do establishment do partido e garantiu que seguirá em frente. Seus assessores dizem que uma vitória na Pensilvânia, seu Estado natal, no dia 24, deve mantê-lo na disputa. Na mesma data, outros quatro Estados, incluindo Nova York, realizam prévias. Com exceção da Pensilvânia, Romney é favorito em todas.

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