Reunião de empresários sobre Lei Cidade Limpa acaba sem definição

A reunião com empresários e comerciantes da região central de Campo Grande, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (28), na sede da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), terminou sem solução de novos prazos para adequação à Lei da Cidade Limpa. A reivindicação dos empresários se dá porque o prazo para as lojas […]

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A reunião com empresários e comerciantes da região central de Campo Grande, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (28), na sede da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), terminou sem solução de novos prazos para adequação à Lei da Cidade Limpa.

A reivindicação dos empresários se dá porque o prazo para as lojas inclusas na terceira etapa vence nesta quinta-feira, 31 de maio, e muitos empresários não conseguiram fazer as alterações necessárias. Além disso, eles reclamam que as mudanças não estão sendo feitas concomitantemente com o que cabe ao poder público, como: a retirada dos fios, colocação de fiação subterrânea, retirada dos postes, elevação do nível da rua e elevação do nível da calçada.

A prefeitura não esteve presente e não enviou representantes na reunião. Segundo o secretário da ACICG, Roberto Oshiro, a associação entrou em contato com o secretário de governo Rodrigo Aquino para convocar o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), mas não obteve respostas.

O deputado federal Edson Giroto (PMDB), que frisou não estar representando a prefeitura, foi quem conduziu a reunião. Ele disse, inclusive, já ter marcado para esta tarde sessão com o prefeito para debater o assunto discutido nesta manhã. “Gostaria de ser o elo entre vocês e a prefeitura”, disse aos empresários.

Vários lojistas aproveitaram para expor os problemas de seus negócios. Linda Tufaile, que representava o Camelódromo, reclamou das vagas de estacionamento que foram retiradas da avenida Afonso Pena. Outro ponto exposto por ela foi quanto à possível colocação de publicidade nos pontos de ônibus.

“Se não pode ter publicidade nas bancas de revista, não pode ter publicidade nas fachadas como pode ter nos pontos de ônibus. Quer dizer que o poder público pode ganhar com publicidade, a iniciativa provada não?”, questionou Roberto Oshiro.

O problema das vagas foi ressaltado também pelo dono da Ótica Diniz. O empresário expôs que desde a retirada das 400 vagas da Afonso Pena o faturamento da empresa caiu.

Oshiro ressaltou que quando houve a retirada das vagas, a prefeitura justificou a mudança porque seria construído um corredor de ônibus ao longo da avenida Afonso Pena. Contudo, o corredor não será feito e foi colocado gramado no canteiro. Os empresários se sentem prejudicados com isso.

Já André Moretto, dono da Via 14, foi mais enfático e disse que essa insegurança em relação às leis preocupa. “Hoje a lei diz uma coisa, amanhã diz outra. A gente faz investimento para se adaptar a legislação hoje e daqui um ano tem que mudar tudo de novo”, pontuou.

Participaram da reunião Robson Alves, diretor de patrimônio da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas); Fernando Camilo, da Fecomércio (Federação do Comércio); Roberto Oshiro, secretário da ACICG; Mário César, vereador pelo PMDB; Omar Aukar, presidente da ACICG e Edson Giroto, deputado federal.

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