Relatório aponta falha humana em tragédia do voo 447, diz TV

O Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) promete divulgar no dia 5 de julho o relatório final sobre o acidente com o voo AF 447, que matou 288 pessoas em 1º de junho de 2009. De acordo com informações divulgadas neste sábado pela Globo News, o documento irá apontar que os […]

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O Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) promete divulgar no dia 5 de julho o relatório final sobre o acidente com o voo AF 447, que matou 288 pessoas em 1º de junho de 2009. De acordo com informações divulgadas neste sábado pela Globo News, o documento irá apontar que os pilotos não compreenderam a tempo que a aeronave havia perdido sustentação, após um procedimento errado feito pelo copiloto, menos experiente. Isso teria levado à queda do avião, em pleno Oceano Atlântico.

Segundo a emissora, o relatório mostrará que os comandantes tentaram impedir o acidente, mas a aeronave estava em tão baixa velocidade que reverter a queda era praticamente impossível. O documento final da investigação já foi recebido por Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha para considerações finais. Segundo a legislação internacional, os países têm 60 dias para enviar as suas ponderações – que deverão estar no final do relatório.

O acidente do AF 447

O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy – Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.

Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada.

Após o acidente, dados preliminares das investigações indicaram um congelamento das sondas Pitot, responsáveis pela medição da velocidade da aeronave, como principal hipótese para a causa do acidente. No final de maio de 2011, um relatório do BEA confirmou que os pilotos tiveram de lidar com indicações de velocidades incoerentes no painel da aeronave. Especialistas acreditam que a pane pode ter sido mal interpretada pelo sistema do Airbus e pela tripulação. O avião despencou a uma velocidade de 200 km/h, em uma queda que durou três minutos e meio. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores – até então feitos pela francesa Thales – por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.

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