Reintegração de posse retira 62 famílias de área no Taquaral Bosque

O local pertence a Prefeitura de Campo Grande e está destinado a construção de área de lazer

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O local pertence a Prefeitura de Campo Grande e está destinado a construção de área de lazer

Sessenta e dois barracos foram destruídos na manhã desta quarta-feira (21), no cruzamento da rua Manduba com a avenida Panomia, no Bairro Taquaral Bosque, em cumprimento ao mandado de reintegração de posse, expedido pela juíza Maria Izabel, da 3ª Vara da Fazenda Pública.

De acordo com o oficial de justiça, Mayco Ferreira Medeiros, o primeiro levantamento apontou que havia 60 pessoas na área ocupada.

O terreno equivalente a três quadras ocupada pelas famílias a cerca de dois meses é destinada a recreação, onde pode ser usada pela prefeitura de Campo Grande para a construção de área de lazer.

No local, três viaturas do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) e uma da guarda municipal dá apoio à reintegração de posse.

Todos os barracos foram destruídos e caminhões da prefeitura estão na área para a retirada das madeiras e lonas.

Os pertences das famílias estão na rua, sendo que algumas informaram que vão para casa de parentes e outras que não tem para onde ir.

Ocupação

Paulo Pereira, 40 anos, autônomo, ressaltou que morava há um mês e meio no local, com a esposa e 6 filhos.

Segundo o autônomo, eles moravam de aluguel e por não ter renda fixa resolveu invadir e construir o barraco.

Pereira alega que há 12 anos possui cadastro na Emha (Agência Municipal de habitação), já fez recadastramento, mas não foi contemplado até o momento.

Dejanira Dias Machado, 38 anos, do lar, morava com o neto no barraco. E, segundo a mulher, fizeram um cadastro com os nomes dos moradores. “Quem não deu o nome foi algemado”, enfocou.

No momento em que a reportagem chegou não havia nenhuma pessoa algemada.

Desempregada

Rosemeire Duarte Conrado, 31 anos, trabalha como serviços gerais, morava com duas filhas e uma sobrinha.

A mulher resolver ocupar o espaço após ficar desempregada e a proprietária da imóvel onde residia ter pedido para sair.

A família disse que está inscrita nos programas de habitação e que espera ser contemplada.
No local, as pessoas eram unânimes em dizer que não querem invadir, mas precisam ser contemplados nos programas de habitação, com parcelas de custo baixo.

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