O candidato a prefeito pela coligação “Novo Tempo”, Reinaldo Azambuja (PSDB), reafirmou que o peemedebista copiou parte das propostas de seu plano de trabalho e disse que o site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) comprova o plágio. “Lá estão registradas as proposições de ambos, é só olhar”, frisou o tucano, para quem “a reedição, eleição após eleição, do chamado plano de 15 metas do PMDB já não empolga mais ninguém, nem o próprio Giroto, que se vê obrigado a plagiar as nossas propostas”.

Logo após a realização das convenções municipais todos os candidatos registraram no TRE os seus planos de trabalho. Com 78 páginas, as propostas tucanas fazem uma radiografia do município e apresentam sugestões que foram colhidas com base no Programa Pensando Campo Grande, que ouviu mais de 120 mil pessoas. Já o programa do Giroto, segundo consta no site do tribunal, se resume a sete páginas com sugestões, na visão de Azambuja, genéricas que, resumidas, couberam no Plano de 15 metas.

Além de plagiar algumas de suas propostas, segundo o tucano, o candidato do governo “se mostra bastante contraditório”. No Plano de Governo do PMDB, ao discorrer sobre suas metas para fortalecer o setor industrial em Campo Grande, Edson Giroto promete “justiça fiscal e tributária”, o que, de acordo com Azambuja, “vai de encontro ao tarifaço do IPTU aplicado em Campo Grande, que em alguns casos chegou a 400% de reajuste”.

Reinaldo Azambuja classificou também como “promessa eleitoreira” a proposta de Edson Giroto para os servidores do município. “Ele diz que irá implantar o plano de cargos e carreiras para assim resgatar a importância do servidor na prefeitura municipal. Ora, se em 16 anos de administração do PMDB o plano não foi criado, por que acreditar que será implantado pelo nosso adversário? Quem não fez até hoje, com certeza não fará no futuro”, ponderou.

Outro aspecto que causa desconfiança ao tucano é a proposta de Giroto de fazer “uma gestão administrativa transparente, com informações acessíveis aos cidadãos”. Segundo ele, “a população não sabe quanto a prefeitura gasta, por exemplo, com as operações tapa-buraco, com as obras que são levadas pelas chuvas e com os terceirizados do setor da saúde. Então, dá para acreditar que essa anunciada transparência vai existir?”, indagou.

Reinaldo Azambuja questionou ainda o fato de o candidato do governo estar dizendo que irá promover uma administração humanizada, que irá cuidar das pessoas. “É mero discurso eleitoral, pois o que eles sabem fazer é construir obras, sem investir em material humano. A precária situação da saúde, com a falta de médicos e demais profissionais é a prova cabal disso. Investem apenas em tijolo e concreto”, finalizou.

(Com assessoria)