O lucro líquido da Redecard, a segunda maior empresa de processamento de pagamentos do Brasil, superou as estimativas dos analistas para o segundo trimestre, com um surpreendendte salto nas receitas que ajudou a compensar a elevação nas despesas com marketing e o impacto de uma economia lenta.

A companhia com sede em São Paulo teve lucro de 388,1 milhões de reais no período, alta de uma alta de 20,3 por cento ante igual período de 2011. O resultado supera a estimativa média de 373,1 milhões de reais de sete analistas em uma pesquisa Reuters.

A receita cresceu depois de um salto nas transações com cartões de débito, apesar de volumes estáveis de transações, de leves quedas de taxas de desconto líquida, e de outras taxas no segmento de cartões de crédito.

O aumento da competição forçou a Redecard a renegociar as taxas de desconto líquida e de aluguel de equipamentos com alguns varejistas, disse a empresa em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A receita líquida cresceu 11,1 por cento, para 986,9 milhões de reais, contra um ano antes, superando os 957,5 milhões de reais estimados na pesquisa Reuters. O indicador avançou 3,3 por cento ante o primeiro trimestre, refletindo o declínio das taxas.

Os custos subiram 3 por cento frente o mesmo período no ano passado e elevaram-se 8,6 por cento em comparação com o trimestre anterior.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 636 milhões de reais no trimestre, alta de 22 por cento ante um ano antes.