Reconstrução da base brasileira na Antártica deve começar no próximo verão
A Marinha brasileira espera concluir em, no máximo, um ano, o inquérito sobre o incêndio que destruiu parte da Estação Comandante Ferraz, na Antártica. Nesse período, também será feita a limpeza do terreno. Segundo informou o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, a estação deve começar […]
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A Marinha brasileira espera concluir em, no máximo, um ano, o inquérito sobre o incêndio que destruiu parte da Estação Comandante Ferraz, na Antártica. Nesse período, também será feita a limpeza do terreno. Segundo informou o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, a estação deve começar a ser reconstruída no próximo verão.
“A ideia inicial é construir uma estrutura que não é a estação, mas módulos antárticos iniciais que possam, no próximo verão, abrigar pesquisas, abrigar o pessoal da Marinha com segurança e, também, servir de canteiro de obras. Precisamos ter mais gente lá para preparar todo o terreno e para construir a nova estação”, explicou o contra-almirante, que é responsável pelo gerenciamento do Programa Antártico Brasileiro.
O atual verão antártico está no fim e, em poucas semanas, o clima será o grande empecilho para qualquer tipo de trabalho no continente gelado. Por isso, ele explicou hoje (29) para deputados e senadores que formam a Frente Parlamentar Pró-Antártica que o ano que transcorrerá até o próximo verão será fundamental para que um novo projeto de estação seja formulado e o terreno preparado para receber as novas instalações.
“Construir uma estação desse porte não é simples, muito menos na Antártica, onde só podemos trabalhar no verão. Um trabalho anterior deve ser feito para que, quando a construção começar no próximo verão, ela possa fluir”, explicou o contra-almirante.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no entanto, não precisará aguardar o próximo verão para retomar parte das pesquisas na Antártica. O instituto tem um módulo que não depende da presença humana e que vai continuar coletando e transmitindo dados durante o período mais frio. Alguns militares da Marinha também deverão ficar alojados em bases de países que mantêm projetos na Antártica. O governo brasileiro ainda está negociando parcerias, mas os militares brasileiros serão responsáveis pela segurança dos módulos que sobraram do incêndio. O acidente na estação brasileira resultou na morte de dois militares e na destruição de muito material de pesquisa.
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