O deputado Odair Cunha (PT-MG) será o relator da CPI do Cachoeira, que vai investigar as ligações e influências políticas do contraventor Carlos Augusto Ramos, o  Carlinhos Cachoeira. O nome do deputado mineiro foi definido nesta terça-feira (24), último dia para indicações dos integrantes da comissão, pelo líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP), logo após reunião com a bancada petista. O presidente da CPI mista (formada por deputados e senadores) deve ser o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Odair Cunha foi o relator da proposta de emenda à Constituição que prorrogou a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até dezembro de 2015. Na oportunidade, atendeu aos pedidos do governo. Manteve o texto original e rejeitou todas as emendas apresentadas por deputados contrários à matéria. Ele é um parlamentar considerado fiel às orientações governistas.

Aos 35 anos, Cunha está no terceiro mandato como deputado e é um dos vice-líderes do governo na Câmara. O petista mineiro é ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Também foram indicados para compor a CPI os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP), como titulares, e Dr. Rosinha (PT-PR), Luiz Sérgio (PT-RJ) e Sibá Machado (PT-AC) como suplentes. Teixeira foi líder do PT no ano passado, enquanto Vaccarezza liderou a bancada governista entre 2010 e o início deste ano. Os dois também estavam cotados para assumir a relatoria. Luiz Sérgio foi ministro das Relações Institucionais e, depois, da Pesca.

Às 19h30 de hoje o Congresso se reúne hoje para formalizar as indicações dos partidos para a CPMI que vai investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. A comissão será composta por 16 senadores e 16 deputados e igual número de suplentes. A expectativa é que o colegiado seja instalado amanhã, com a eleição do presidente e do relator.

Inicialmente, a CPI teria 30 integrantes titulares e outros 30 suplentes, com 15 de cada Casa. Porém, foram acrescidas, com base no Regimento do Congresso, duas vagas para as bancadas minoritárias (uma para o Senado e outra para a Câmara) que não alcançaram número suficiente para participarem pelo cálculo da proporcionalidade.