Projeto investe no monitoramento do Aquífero Guarani
O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), por meio da sua Diretoria Regional em Ribeirão Preto, está investindo R$ 400 mil no monitoramento eletrônico do Aquífero Guarani. A pesquisa atual terá dois anos de duração, utiliza softwares de gerenciamento de informação geográfica e equipamentos medidores de nível de água, pH, temperatura, condutividade elétrica e […]
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O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), por meio da sua Diretoria Regional em Ribeirão Preto, está investindo R$ 400 mil no monitoramento eletrônico do Aquífero Guarani. A pesquisa atual terá dois anos de duração, utiliza softwares de gerenciamento de informação geográfica e equipamentos medidores de nível de água, pH, temperatura, condutividade elétrica e outros dados de 12 poços na região de Ribeirão Preto.
As informações serão armazenadas pelo Sistema de Informação do Sistema do Aquífero Guarani e utilizadas no controle de perfuração de poços destinados à exploração das águas subterrâneas para abastecimento público. Seu objetivo principal: dar continuidade às pesquisas, já realizadas, voltadas à obtenção de conhecimento técnico e científico para proteção e exploração sustentável do Aquífero Guarani.
O trabalho é realizado em parceria com a Fundag (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola) – voltada à inovação e implementação do agronegócio nacional – e com financiamento do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos). O trabalho é precedido do chamado Projeto Piloto Ribeirão Preto, desenvolvido em cinco anos, este, por sua vez inserido no PSAG (Projeto para Proteção Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani).
Aquífero Guarani
Com mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, o Aquífero Guarani é considerado a maior reserva hídrica subterrânea transfronteiriça do mundo, com reserva permanente estimada em 37 mil quilômetros cúbicos de água e potencial explorável sem risco para o sistema da ordem de 40 quilômetros cúbicos por ano.
Esse imenso manancial abrange parte dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul; além de Argentina, Paraguai e Uruguai. O Estado de São Paulo conta com mais de mil poços, alguns com até 2 mil metros de profundidade, que captam água do Aquífero Guarani para abastecimento público e outros usos.
Os poços chegam a apresentar vazão de até 700 mil litros de água por hora. A proteção do aquífero e sua exploração é um tema que preocupa os governos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que criaram em 2003 o Projeto para a Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o recurso e propor um marco técnico, legal e institucional para sua gestão coordenada.
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