Programa de segurança e saúde do trabalhador é lançado na capital

Evento realizado no canteiro de obras da FatecSenai em Campo Grande marcou o lançamento do PNSSTIC (Programa Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho para a Indústria da Construção), nesta quinta-feira (29), em Mato Grosso do Sul. O PNSSTIC é um programa nacional e visa contribuir com a redução dos acidentes e doenças nas empresas […]

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Evento realizado no canteiro de obras da FatecSenai em Campo Grande marcou o lançamento do PNSSTIC (Programa Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho para a Indústria da Construção), nesta quinta-feira (29), em Mato Grosso do Sul.

O PNSSTIC é um programa nacional e visa contribuir com a redução dos acidentes e doenças nas empresas do segmento em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o desembargador presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Márcio Vasques Thibau, o programa é importante para o Brasil inteiro. “É muito alto o índice de acidente do trabalho”, enfocou.

Thibau ressaltou que é muito triste quando um trabalhador deixa sua casa para cumprir sua jornada e sofre algum tipo de acidente. “Esse programa vai esclarecer não apenas os empresários, mas também os trabalhadores”.

Para o desembargador, é necessário atingir jovens e crianças com as informações sobre saúde e acidente de trabalho. “Assim estaremos estabelecendo uma cultura de prevenção. Preservar a integridade”, alertou.

Qualidade

Sérgio Longen, presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul, destacou a busca pela qualidade. “A indústria está se modernizando e cada vez mais busca se profissionalizar”.

Durante seu discurso, Longen afirmou que não conhece nenhuma empresa que tenha interesse em ter acidente de trabalho. “A Fiems tem trabalhado para consolidar a indústria de Mato Grosso do Sul e qualificar os seus trabalhos”.

De acordo com Longen, a necessidade de avançar levou as ações. “Entendemos que estamos fazendo a nossa parte e precisamos de apoio”.

Longen ressaltou o compromisso que o industrial está tendo com as pessoas. “São ações para que as empresas entendam a sociedade que queremos. Não só de asfalto vive um município”.

Informação

Samuel da Silva Freitas, presidente do Sintracon/MS (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado), lembrou que Mato Grosso do Sul teve em 2004 nove acidentes fatais. “A construção civil é que mais registra acidente de trabalho”.

Freitas falou do crescimento do setor e da concorrência desleal. “Temos empresas em que o trabalhador não tem registro em carteira e nem equipamentos de segurança.

O presidente do Sintracon destacou a importância de fiscalização nas obras. “O trabalhador não tem o conhecimento e fica vulnerável em um canteiro de obras”.

Para Freitas, levar palestras aos canteiros e informar a necessidade de ter a carteira assinada é fundamental. “Trabalhador bem remunerado e com a carteira assinada rende mais. E, sabemos que existem empresas que pegam obras públicas e não assinam a carteira de trabalho”.

“As empresas precisam fornecer o equipamento de segurança e o trabalhador precisa usar. Todo mundo fazendo a sua parte, só assim teremos um Brasil melhor. Este programa mostrará ao colaborador a importância de não se acidentar e cuidar de sua saúde”, finalizou Freitas.

Trabalhadores

Anízio Pereira Tiago, superintendente da Delegacia Regional do Trabalho, ressaltou que o Brasil possui cerca de 38 milhões de trabalhadores com carteira assinada. “Nos últimos dez anos, 25 milhões passaram pelo seguro desemprego”.

Tiago aproveito o evento para falar sobre a nova forma do seguro desemprego, que passa a valer a partir do próximo mês. “O trabalhador que for reincidente no seguro terá que fazer 160 horas de curso. Caso não queira fazer o curso não receberá o seguro”.

Para Tiago, esta é uma forma de chamar o trabalhador para agir e reagir, não ficar na dependência do governo. “Não podemos mudar isso com decretos, mas mudaremos com ações”.

O superintendente finalizou alertando que essas mudanças dizem respeito a toda a sociedade. “São problemas estruturais e que precisam ser corrigidos”.

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