A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25), quatro resoluções que determinam a apreensão e inutilização de cinco produtos naturais definidos como emagrecedores. Entre os produtos, três são de uma empresa localizada em Campo Grande, são eles: “Engordar”, “30 Ervas Emagrecedor” e “Uxi amarelo e Unha de gato”, produzidos pela Flora Brasil Produtos Naturais.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia, Ronaldo Abrão, explicou que este tipo de apreensão é realizada devido a falta de comprovação de que os medicamentos passaram por rigorosa análise antes de ser comercializado. “Muitas vezes a empresa não tem sede e usam de nomes fantasia para fazer o comércio, inclusive pela internet.”

Ronaldo explica ainda, que se depois de inspecionada, a farmácia que venha a comercializar o produto não possua autorização da ANVISA para venda, a mesma poderá ser autuada.

“Este tipo de produto é perigoso, pois não se conhece realmente qual é a sua formulação, se é planta ou produto químico. A interação de duas plantas também pode ocasionar um problema. Esses produtos não têm comprovação científica, por isso a ANVISA determina um rigoroso processo para liberar qualquer tipo de medicamento.”, comenta.

A farmácia que realize a venda desse tipo de produto sem autorização, pode ser autuada com uma multa e o farmacêutico responde a um processo de ética junto ao conselho por dano a saúde humana. Entre as penas, ele pode receber multa, advertência ou até a cassação do diploma, em casos mais graves.

Além dos produtos da empresa campo-grandense, não podem mais ser comercializados o “Emagrecedor sem dieta Dulopes”, da empresa Dulopes Comercio de Produtos Naturais, de Aracruz (ES) e “Chá misto 37 ervas”, da Farmacopeia Brasileira.

Flora Brasil

A reportagem do Midiamax procurou a empresa para verificar a situação. Ela está registrada em um endereço na avenida Mato Grosso, porém no local funciona um consultório odontológico.

De acordo com a recepcionista, o consultório funciona no local há quatro anos e até hoje chegam cartas em nome da empresa.