Produtores de Mato Grosso do Sul organizam uma comitiva em direção a Brasília com objetivo de pressionar os parlamentares na data de votação do Código Florestal, que está marcada para o dia 24 deste mês. A notícia foi dada pelo presidente do Sindicato Rural, Rui Facchini, durante abertura do 25° Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte.

A preocupação dos produtores é se vai acontecer ou não a votação. Já que o processo está enrolado desde o ano passado. O deputado estadual Junior Mocchi (PMDB), que estava presente no evento, advertiu os presentes que a votação não pode deixar de acontecer.

“Se não aprovar agora o Código Florestal, se deixar para depois da Rio + 20, vamos ter dificuldade em votar. Aí vem o processo eleitoral, e dificulta ainda mais. Isso será um retrocesso para o país. Vamos votar pela paz no campo”, disse.

A data, que foi definida há uma semana, ocorre após um período de tensão entre parlamentares ligados ao setor agropecuário, que pressionavam por uma celeridade na votação, e governo, que temia uma derrota e trabalhava para que a matéria fosse votada após a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável [a Rio +20], que ocorre em junho.

A queda de braço entre ruralistas, apoiados pela oposição, e governo chegou ao ponto de ameaçar a votação da Lei Geral da Copa, uma das prioridades do Planalto. A votação das regras para a realização da Copa do Mundo em 2014 e das Confederações em 2013 no Brasil só ocorreu após um acordo costurado pelo presidente da Câmara de Deputados, Marcos Maia (PT-RS), garantindo que definiria uma data para a votação do Código Florestal.

Um fator que exerce pressão para que o Código Florestal seja votado é o vencimento, em 11 de abril, de um decreto que suspende multas ambientais. O governo já sinalizou que pode prorrogá-lo.

(Com informações da Reuters Brasil)