O Brasil vive uma situação privilegiada pela elevada estocagem de milho que dispõe. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, é o maior e mais confortável estoque da história e, mesmo que o País exporte 12 milhões de toneladas, o estoque ainda ficará por volta de 13 milhões de toneladas, o maior da série dos últimos dez anos. “A produção de milho está estimada em mais de 70 milhões de toneladas”, contabiliza.

Diante desse cenário favorável, o Governo vem gestionando ações para escoar o milho das regiões produtoras para as deficitárias. Já foram anunciadas várias medidas, inclusive a compra de milho do Centro-Oeste, Paraná e Bahia, por exemplo, para abastecer os mercados de Mato Grosso, do Sul e também do Nordeste, respectivamente.

Atualmente, em função da conjuntura de seca que atingiu a lavoura americana de milho, as estimativas de safra encolhem a cada divulgação do relatório do Departamento de Agricultura americano. No início de julho, a projeção era de 370 milhões de toneladas, atualmente está em 300 milhões e a tendência é cair mais. Esse movimento disparou os preços do produto impactando os mercados mundiais. Se por um lado os produtores e exportadores brasileiros estão satisfeitos, por outro, a indústria de carnes está apreensiva. “O ministério possui instrumentos para regular o mercado e garantir o abastecimento de milho, e o principal deles é o produto, que atenderá as necessidades de criadores de frangos, suínos e das bacias leiteiras expressivas no mercado brasileiro”, assegura Caio Rocha.