Privatização da TAP atrai várias empresas mundiais, diz presidente

A privatização da TAP Portugal atrai grande interesse de várias empresas internacionais além da International Airlines Group (IAG), atraídas pelo domínio da companhia aérea portuguesa nas estratégicas rotas do Atlântico Sul para o Brasil e África. “Para além da IAG, algumas outras comentaram conosco do interesse mas, como não o fizeram oficialmente, nós não o […]

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A privatização da TAP Portugal atrai grande interesse de várias empresas internacionais além da International Airlines Group (IAG), atraídas pelo domínio da companhia aérea portuguesa nas estratégicas rotas do Atlântico Sul para o Brasil e África. “Para além da IAG, algumas outras comentaram conosco do interesse mas, como não o fizeram oficialmente, nós não o podemos fazer”, disse a jornalistas o presidente-executivo da empresa, Fernando Pinto.

“Não há dúvida nenhuma que a TAP gera grande interesse pela posição estratégica que formou aqui no ‘Hub’ de Lisboa, a posição que temos nos dois mercados -África e Brasil”, acrescentou. “A TAP tem efetivamente o domínio da Atlântico Sul”.

Segundo a imprensa, a privatização da TAP poderá atrair o interesse de várias companhias aéreas internacionais, como o grupo IAG, que resultou da fusão entre a British Airways e a Ibéria, que já disse estar interessada; a maior companhia aérea da América Latina, a Latam, que nascerá da fusão da chilena LAN e da brasileira TAM; a colombiana Avianca; a alemã Lufhtansa; e a Qatar Airways.

Fernando Pinto adiantou que “uma das principais razões desta privatização é a recapitalização da TAP” e sublinhou: “esta empresa não recebe qualquer tipo de capital do Estado há cerca de 15 anos”. “A TAP precisa de ser recapitalizada. Desde 2000, quando cheguei aqui, ela já precisava de muito capital e até hoje isso não melhorou, enquanto no restante a TAP está muito bem”, disse.

“No aspecto operacional, nos ganhos operacionais, no pagamento da dívida, na relação dívida versus proveitos, ela está muito bem. Agora, a capitalização é que nunca foi feita e precisa ser feita”, frisou o CEO. A TAP SA, que engloba o serviço de transporte aéreo e a unidade portuguesa de manutenção e engenharia, teve um lucro de 3,1 milhões de euros em 2011, frente ao lucro recorde de 62 milhões de euros em 2010.

Questionado se a privatização será de 49% ou de 100%, Fernando Pinto disse: “essa é uma decisão do governo, que ainda não foi tomada”. Sobre o valor comentado pela imprensa, de entre 1 bilhão e 1,2 bilhão de euros pela totalidade da TAP, o executivo adiantou não poder confirmar estes valores, “porque os cálculos são bem mais complexos do que, pura e simplesmente, pegar em números e ‘brincar’ um pouco com eles”.

“Não diria que está para cima, nem para baixo. Esse valor não existe ainda”, frisou o presidente executivo. A TAP faz parte do programa de privatizações previstas no resgate financeiro providenciado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional a Portugal.

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