Presidente do BC defende câmbio flutuante

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, defendeu o câmbio flutuante e descartou que o Governo pretenda modificar o sistema pela desvalorização do real frente ao dólar registrada nos últimos dias. “O Banco Central sempre falou que o volume de receitas de capitais no país, dependendo da intensidade e da velocidade, gera problemas, mas […]

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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, defendeu o câmbio flutuante e descartou que o Governo pretenda modificar o sistema pela desvalorização do real frente ao dólar registrada nos últimos dias.

“O Banco Central sempre falou que o volume de receitas de capitais no país, dependendo da intensidade e da velocidade, gera problemas, mas o câmbio é flutuante e pode oscilar para os dois lados e nós cuidamos dele com medidas tributárias”, assinalou Tombini ao jornal “O Globo”.

No entanto, Tombini advertiu: “Quando for necessário, interviremos nos mercados e embora a situação internacional seja desafiante temos ferramentas, pois estamos melhor preparados que no passado”.

“Recentemente fixamos uma direção e essa direção continua válida em relação ao futuro da política monetária e esse processo no futuro deve ser feito com parcimônia e cuidado”, ressaltou.

Em 2011, o real caiu 8,02% frente ao dólar e nos últimos dias o Governo freou a compra da moeda americana, uma das medidas que tinha adotado para conter a tendência contrária, quando a divisa brasileira se valorizou frente à americana nos primeiros meses do ano.

O presidente do BC deixou também aberta a possibilidade para que o Governo continue baixando as taxas de juros como suporte para a recuperação econômica.

Nesse sentido, disse que a inflação pode cair de 5,1% anual em abril para 4,5% previsto para o fim do ano.

Tombini reiterou, como expressaram outros membros do Governo brasileiro, que o Brasil está preparado frente a um agravamento da crise na zona do euro com a eventual saída da Grécia.

“Perante qualquer desdobramento que acontecer (na Europa), temos que pensar nos impactos para o Brasil com tranquilidade, mas estamos preparados para reagir”, concluiu.

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