Prefeitura discute com moradores práticas para reduzir proliferação do mosquito da dengue
No último LIRA, o índice dengue estava em 1,3% na Capital. O ideal, pelos parâmetros dos órgãos de saúde é de que o levantamento fique abaixo de 1%
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No último LIRA, o índice dengue estava em 1,3% na Capital. O ideal, pelos parâmetros dos órgãos de saúde é de que o levantamento fique abaixo de 1%
O comitê Municipal de Combate à Dengue da Secretaria Municipal de Saúde Pública está reunido na tarde desta quarta-feira (21) com associações de moradores de vários bairros da Capital e parceiros da iniciativa privada para divulgar dados e conscientizar a população sobre a dengue.
“Estamos fazendo a reunião do comitê para esclarecer a população que apesar de estarmos com as notificações da dengue baixas, em relação aos anos anteriores, o LIRA, que a manifestação do mosquito Aedes Aepypti, está num patamar que preocupa um pouco”, disse o Secretário Municipal de Saúde Leandro Mazina.
De acordo com o último levantamento, realizado nos dias 5 a 9 de fevereiro, o índice de infestação da dengue está em 1,3% na Capital. O ideal, pelos parâmetros dos órgãos de saúde é de que o levantamento fique abaixo de 1%.
Em alguns bairros de Campo Grande a preocupação é ainda maior. Guanandy, Taquarussu e Jacy – localizados na região do Bandeira – tiveram índice de 4,8% em janeiro. Com a intensificação dos trabalhos, em março caiu para 3,1%. Índices ainda considerados muito altos.
Em todas as regiões da cidade foram encontrados bairros com números acima do ideal. Na região norte José Abraão (0,8 jan – 0,5 mar), Vila Nasser (0,8 – 0,5), Chácara Cachoeira (1,6 – 1,2), Santafé (1,6 – 1,2), Mata do Jacinto (1,9 – 0,9), Margarida (1,9 – 0,9), Carandá Bosque (1,9 – 0,9), Estrela Dalva (1,0 – 2,3), Chácara dos Poderes (1,0 – 2,3) e Novos Estados (1,0 – 2,3) causam preocupação.
Já na leste o problema foi encontrado principalmente nos bairros Morenhinhas (0 – 2,3), Universitário (0 – 2,3), Tiradentes (1,4 – 2,4) e São Lourenço (1,4 – 2,4).
No Anhanduizinho, o cuidado é com o bairro Aero Rancho (2,0 –1,5), um dos mais populosos da cidade. Na região do Lagoa, São Conrado (2,0 – 1,6) e Caiobá (2,0 – 1,6) merecem atenção.
Localizados os locais é mais focar e intensificar os trabalhos. “A gente pensou que já estávamos na estiagem, mas nesta semana choveu, então temos que tomar cuidado para não termos mais proliferações do foco do mosquito”, analisou Mazina.
O secretário ainda lembra que a dengue tipo 4 é um complicador a mais, entretanto nada impossível de se resolver. “Foram confirmados dois casos de dengue tipo 4. Eles foram tratados, evoluíram bem e os pacientes estão bem. Provando que o tipo 4 não é tão temido assim. Apenas o resultado que demorou 30 dias para ser divulgado, porque o laboratório levou esse tempo”, explicou.
“O mesmo mosquito que transmite o tipo 4 é o que transmite o tipo 1,2 e 3. O que temos que fazer, nós, o poder público, a sociedade, com o apoio da mídia é divulgar que temos que cuidar da nossa casa. Não temos que deixar o foco de criadouro de mosquito. Limpar as caixas d’água, não deixar água parada em pneus, caneletas, vasos de plantas, etc. Todos sabem o que é preciso fazer”, emendou.
Para intensificar os trabalhos, 30 novos agente foram contratados para fazer a borrifação e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) está esperando que concursados sejam chamados. Além disso, o Exército confirmou que vai continuar dando apoio para a secretaria no combate à dengue.
A conselheira municipal de saúde Rosalva Darci Nakamura alerta: a secretaria está fazendo a parte fundamental que é informar e intensificar as ações de combate, mas a comunidade muitas vezes não faz parte dela. Isso preocupa muita. Tem muito terreno baldio, muito lixo jogado, casas com acúmulo de água da chuva. É preciso mais educação, cada um fazer a sua parte.
O comitê
O comitê Municipal de Combate à Dengue se reúne mensalmente para passar as informações do LIRA (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti) e as ações que estão sendo feitas para o combate bem como os resultados destas.
Além disso, a sessão é feita para ouvir propostas das associação e parceiros da iniciativa privada.
O grupo se reuniu na UPA Universitário, localizado na Rua Filomena Segundo Nascimento s/n, esquina com a Avenida Gury Marques, bairro Universitário.
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