PP pede impugnação de pesquisas de grupo envolvido em escândalos

A coligação “A Força da Gente”, do deputado estadual Alcides Bernal (PP), acionou, nesta quarta-feira (17), a Justiça Eleitoral para tentar impedir a divulgação de seis pesquisas, registradas por empresas de um grupo envolvido em escândalos eleitorais e suspeito de fraudes em diversos municípios do interior de São Paulo. A Full Marketing e Pesquisas S/S […]

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A coligação “A Força da Gente”, do deputado estadual Alcides Bernal (PP), acionou, nesta quarta-feira (17), a Justiça Eleitoral para tentar impedir a divulgação de seis pesquisas, registradas por empresas de um grupo envolvido em escândalos eleitorais e suspeito de fraudes em diversos municípios do interior de São Paulo.

A Full Marketing e Pesquisas S/S Ltda registrou dois levantamentos, com valor de R$ 30 mil cada, enquanto a mulher que se apresenta como dona da empresa, Rose Mary Moreno de Araujo, registrou outros dois, na ordem de R$ 28 mil cada. O Instituto Realidade também registrou duas amostragens com valor de R$ 35 mil cada. Os registros das pesquisas apontam as empresas como responsáveis pelo pagamento do serviço.

“Qual o motivo de empresas do interior do Estado de São Paulo vir a Campo Grande realizar pesquisas e pagar pelas amostragens?”, questionou o advogado da coligação, Lênio Ben Hur.

Também motivou a representação o fato Julianne Mitie Matsuoka aparecer como estatística responsável pelas seis pesquisas. “Causou certa estranheza o fato de uma só pessoa analisar mais de duas mil entrevistas em um curto prazo de tempo”, emendou o advogado.

Ben Hur informou ainda que tanto a Full Marketing e Pesquisas S/S Ltda quanto o instituto Rose Mary Moreno de Araujo não apresentam registro no Conselho Regional de Estatística. “E o registro do Instituto Realidade está irregular”, acrescentou. Ele incluiu ainda os escândalos envolvendo o grupo como outro motivo para pedir a impugnação das pesquisas.

Escândalos

Nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral de São Paulo proibiu o ‘Realidade’ de divulgar a conclusão de pesquisas genéricas que tinha realizado na cidade de São Paulo. Na sede das empresas, a secretária apontou Otílio Claudino de Araújo Júnior como diretor, junto com a esposa dele, Rose Mary Moreno de Araújo, e tentou explicar que todos os institutos são marcas do mesmo grupo.

Otílio também tem o nome envolvido em diversos escândalos ligados a supostas fraudes em pesquisas eleitorais. Em 1998, ele chegou a ter a prisão decretada em um dos processos. Em 2006, foi condenado pela divulgação de pesquisa fraudulenta.

Em ação ajuizada em maio de 2012, ele e a esposa Rose Mary e a empresa Full Marketing, são réus em uma ação por improbidade administrativa na Vara da Fazenda Pública de Presidente Prudente.

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