Poupança da Caixa bate recorde e capta R$ 2,6 bilhões em maio

A Caixa Econômica Federal registrou em maio captação líquida de R$ 2,6 bilhões em suas cadernetas de poupança, segundo o banco informou nesta sexta-feira à noite. A captação equivale, diz a instituição, a mais de três vezes o volume captado no mesmo mês de 2011. Segundo a Caixa, o volume representa também a terceira maior […]

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A Caixa Econômica Federal registrou em maio captação líquida de R$ 2,6 bilhões em suas cadernetas de poupança, segundo o banco informou nesta sexta-feira à noite. A captação equivale, diz a instituição, a mais de três vezes o volume captado no mesmo mês de 2011. Segundo a Caixa, o volume representa também a terceira maior captação da história e a maior para o mês de maio.

Em 2012, as poupanças acumulam R$ 5 bilhões de captação líquida. A Caixa afirma que 40% dos poupadores têm entre 21 e 40 anos e que a região Sudeste possui a maior concentração dos clientes: 47%. Entretanto, a região Norte foi a que mais cresceu nos últimos quatro anos, com crescimento de 10,4% no período.

Rendimentos

Com o sétimo corte na taxa básica de juros (Selic) na última quarta-feira, que passou de 9% ao ano para 8,5% ao ano, os rendimentos das cadernetas de poupança foram modificados. Os depósitos agora são corrigidos por 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Neste caso, com a Selic a 8,5%, a remuneração ao ano é de 5,95% ao ano. Até então, a poupança rendia 0,5% ao mês, o que dava 6,17% ao ano.

A regra de rendimento da poupança foi modificada no início deste mês e será válida sempre que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano – como está agora. As demais regras estão mantidas, como a isenção do Imposto de Renda e o direcionamento dos recursos captados pelos bancos com as cadernetas para o crédito habitacional e agrícola.

A opção do governo em criar um redutor para a remuneração da poupança atrelado à Selic abre caminho para o BC manter a política de redução da taxa básica de juros no País. Dentro da equipe econômica há avaliações de que o recuo da poderia estimular uma forte migração de outros investimentos para a poupança, cuja remuneração atual ficaria mais atrativa.

Com o rendimento da poupança a 6,17% ao ano e a Selic em baixa, a poupança passaria a render mais do que os outros fundos de renda fixa. Assim, os investidores tenderiam a depositar dinheiro na caderneta de poupança em vez de comprar títulos do Tesouro Nacional.

O Tesouro vende títulos públicos como forma de prolongar a dívida interna do País. Esses papéis também são uma forma de investimento para os compradores, que ganham juros por “emprestar” dinheiro ao governo por um determinado período de tempo. Sem esses compradores, o governo deixa de arrecadar dinheiro para alongar a dívida, tendo que custeá-la com recursos que poderiam ir para áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança.

 

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