“Além de elogiar os rebelados do PMDB pela iniciativa do manifesto, que terminou com 56 assinaturas, Henrique Eduardo Alves argumentou que o descontentamento dos peemedebistas era compartilhado por boa parte dos partidos da base e que não faria sentido brigar com o PT porque até os petistas estariam à beira de uma crise de nervos com o Planalto. O argumento de Alves foi refutado. Segundo um dos rebelados, o manifesto foi elaborado para deixar claro que o PMDB exige uma mudança de postura por parte do governo. Mas e se Dilma Rousseff ignorar o ultimato e tudo continuar como está? Fábio Trad diz que ele e os colegas rebelados seguirão para uma atuação de independência nas votações do Congresso: – Ou é coalizão ou não é. Não existe coalizão pela metade. Se a mudança não vier, aí só restará a independência.”

O texto acima, publicado na coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim (Veja) mostra de forma concreta a postura do deputado federal Fabio Trad em a relação de mão única entre a governabilidade defendida pelo PT e a defendida pelo PMDB no âmbito nacional.

Fabio foi um dos primeiros deputados da bancada federal peemedebistaa assinar o manifesto organizado pelo partido em busca de um tratamento mais digno por parte do Governo Federal e do PT.

De acordo com Fabio Trad a reclamação vai além dos cargos e ministério. Ele afirma que muitas vezes os peemedebistas nem são recebidos por ministros do PT e que os acertos sempre são creditados ao partido da presidente Dilma Rousseff (PT) e os erros ao partido do vice Michel Temer (PMDB). “Fomos eleitos para ajudar o país, mas o apetite do PT é muito grande”, diz Trad.

Segundo o deputado sul-mato-grossense, o PMDB foi eleito para governar o Brasil junto com o PT, mas a percepção da bancada federal do partido na Câmara e que o PMDB está cada vez mais afastado do centro do poder: “Nossa desconfiança é que isso ocorre devido a vontade do PT em monopolizar o governo, um governo que foi conquistado nas urnas de forma compartilhada. Por isso resolvemos marcar posição, delimitar terreno para que o PMDB seja ouvido. A bancada não quer cargos, não quer emendas. Trata-se de uma percepção difusa, mas generalizada, de que o PT precisou do PMDB para se eleger, mas para governar prescinde do aliado”.

Fabio Trad ressaltou seu apoio incondicional ao líder do partido, deputado Henrique Alves (PMDB-RN): “Ele que lutando bravamente pela preservação do espaço politico do PMDB, mas encontra resistências em virtude desta aparente monopolização petista. Uma coisa é ser aliado em campanha outra é ser aliado na gestão. O PMDB só serviu para ser aliado na campanha”, analisou Trad.