Possível líder de facção no MS foi transferido para presídio de Dourados

Tio Arantes já cumpriu pena no Presídio Federal de Catanduvas, retornou para MS, ganhou direito ao semi-aberto e depois foi preso em operação do Gaeco.

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Tio Arantes já cumpriu pena no Presídio Federal de Catanduvas, retornou para MS, ganhou direito ao semi-aberto e depois foi preso em operação do Gaeco.

José Claudio Arantes, o Tio Arantes, que é apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso do Sul, foi transferido no último dia 20 do presídio Jair Ferreira de Carvalho (máxima) da Capital para o presídio Harry Amorim Costa, em Dourados. A operação foi sigilosa.

Tio Arantes era preso de Mato Grosso do Sul, mas com a rebelião de maio de 2006 foi transferido para o presídio Federal de Catanduvas. Ele foi denunciado em fevereiro do mesmo ano pela morte de Fernando Aparecido do Nascimento Eloy, decapitado no presídio de Segurança Máxima durante rebelião no dia 14 de maio.

Depois de ficar um período em Catanduvas, Tio Arantes retornou para MS, ganhou o direito ao semi-aberto, quebrou o regime e em maio de 2010 foi preso em uma operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). No dia 20 de novembro foi transferido para Dourados.

José Claudio é considerado pelas autoridades ligadas ao setor de segurança como de alta periculosidade, inclusive é apontado no envolvimento na morte do advogado Willian Macksoud. De acordo com a denúncia oferecida à Justiça o crime foi motivado pelo fato de a vítima ter sido paga para transferir um detento, integrante do PCC, para Campo Grande, e não conseguiu fazê-lo, razão pela qual teria que devolver os honorários. Como o advogado reembolsou somente parte do dinheiro, a facção criminosa determinou o seu assassinato.

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