População de Corumbá cresceu mais de 8% em 5 anos
Após décadas de ostracismo, quando chegou até a ser maldosamente apelidada de “cidade que já teve”, tamanha era a debandada de empreendimentos, serviços e pessoas, Corumbá, que completa 234 anos nesta sexta-feira, 21 de setembro, voltou a atrair a atenção em Mato Grosso Sul. Nos últimos 5 anos, a população do município cresceu 8,1%. Em […]
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Após décadas de ostracismo, quando chegou até a ser maldosamente apelidada de “cidade que já teve”, tamanha era a debandada de empreendimentos, serviços e pessoas, Corumbá, que completa 234 anos nesta sexta-feira, 21 de setembro, voltou a atrair a atenção em Mato Grosso Sul. Nos últimos 5 anos, a população do município cresceu 8,1%. Em 2007, a contagem populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou total de 96.373 habitantes.
Já a estimativa populacional, divulgada pelo mesmo IBGE em agosto deste ano, apontou 104.912 pessoas habitando a maior cidade da região pantaneira. Desse total, mais de 63 mil (60%) têm entre 15 e 59 anos de idade, ou seja, são economicamente ativos. De acordo com o Censo Demográfico realizado em 2010, a maioria trabalha de 40 a 44 horas semanais. O número de pessoas com curso superior completo ainda é pequeno. São pouco mais de seis mil nessa condição.
Grande parte da população, ainda segundo o Censo, é de católicos. São 67,3 mil atualmente na cidade. Os evangélicos somam 25 mil. Cinco mil e seiscentas pessoas afirmaram não ter religião, enquanto duas mil e trezentas se assumiram espíritas. Em Corumbá, o número de homens supera, por pouco, o de mulheres. São 52 mil contra 51 mil. Mas esse índice é diferente na área urbana, quando passa a ser de 46 mil para 47 mil, respectivamente.
No campo, o número de mulheres é bem inferior ao de homens. São 4 mil contra 6 mil. O Censo levantou também aspectos relativos aos domicílios dos corumbaenses. A maioria (12,5 mil) mora em casas com dois dormitórios. As que têm um quarto chegam a 10 mil. Quatro mil residências são equipadas com três dormitórios e 948 possuem quatro ou mais.
As estatísticas do Cadastro Central de Empresas mostram 1.860 unidades na cidade até 2010. Esses empreendimentos empregavam, na época da pesquisa, 15.613 pessoas. O salário médio mensal pago ao trabalhador era de 2,9 salários mínimos. Em 2007, o total de mão de obra absorvido pelas 1.748 empresas era de 14.701 pessoas. O último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) feito pelo IBGE foi feito em 2009. Ele mostra Corumbá com o índice de R$ 2.715.507.000. O PIB per capita é de R$ 27.300,58.
O crescimento da mineração, ocorrido principalmente a partir de 2002, impulsionou a economia de Corumbá. Hoje, graças sobretudo ao minério de ferro, a cidade ocupa o posto de segundo principal exportador do Mato Grosso do Sul. Até agosto deste ano, Corumbá já movimentou US$ 334 milhões com a venda mineral para o mercado externo. Só Três Lagoas, com US$ 437 milhões, supera o município pantaneiro. Campo Grande aparece em terceiro com US$ 271 milhões.
Principais economias de Mato Grosso do Sul
De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior, pasta ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Corumbá lidera o ranking estadual de exportação no segundo semestre de 2012. Somando os meses de julho e agosto já são mais de US$ 125 milhões em vendas. Três Lagoas movimentou US$ 99 milhões no mesmo período. Tradicionalmente, é no mês que setembro que a cidade mais manda minério ao mercado externo.
A extração mineral começou a ganhar importância na região na década de 70, quando empresários argentinos instalaram a Mineração Corumbaense Reunida. Na mesma década, a Urucum Mineração também entrou no ramo. Na última década, o município chegou a abrigar três das principais empresas do ramo em todo o mundo: a Vale, a Rio Tinto e a MMX. Ainda que timidamente, a siderurgia também tem ganhado espaço na economia da cidade. Atualmente o setor é explorado pela Vetorial.
Evolução
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, Corumbá exportou US$ 38,2 milhões em 2002. No ano seguinte o montante saltou para US$ 51,3 milhões. Em 2004 foi para US$ 59,6 milhões. Em 2005 saltou para US$ 82,3 milhões. O crescimento continuou no ano seguinte, quando ficou em US$ 115,7 milhões. Em 2007 recuou para US$ 96,7 milhões, mas voltou a crescer vertiginosamente em 2008, superando a casa dos US$ 330,9 milhões.
Em 2009, no auge da crise econômica mundial, as exportações voltaram para a marca de US$ 173 milhões. Em 2010, o setor recuperou-se, chegando a US$ 376,3 milhões. No ano passado, as exportações feitas a partir de Corumbá bateram seu recorde, atingindo o montante de US$ 687,3 milhões. Esse número não deve ser atingido nesse ano, até porque o nível do rio Paraguai, por onde é escoada boa parte da produção, tem baixado rapidamente e, em breve, deve inviabilizar a navegação.
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