Policiais federais de todos os Estados se reúnem em uma assembleia geral em Brasília, na próxima quinta-feira (30), às 9h, para decidir se continuam ou não com a paralisação que completou 20 dias nesta segunda-feira (27). Até lá, porém, a categoria aguarda julgamento do recurso contra a liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que proíbe a realização de operações-padrão em portos, aeroportos e rodovias.

De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a expectativa dos grevistas “ainda é pela negociação”, ainda que o governo federal já tenha avisado as diversas categorias do funcionalismo público federal que só pagará reposição de 15,8% escalonada em três anos.

Na PF, a reivindicação de agentes, escrivães e papiloscopistas em greve é pela reestruturação de carreiras, as quais são de nível médio. Eles requerem nível superior e remuneração adequada.

“Na quinta vamos avaliar o movimento e podemos, sim, discutir o final da greve –mas o objetivo da assembleia não é esse. O movimento ainda é forte, apesar de não termos operação-padrão, mas vamos discutir todos os pontos com os sindicatos de cada Estado”, disse Wink. É a primeira assembleia geral, presencial –as demais foram por videoconferência –, realizada pelos policiais federais em greve.

Segundo o presidente da Fenapef, ações como passeatas e panfletagem em áreas centrais de capitais e em aeroportos estão mantidas, assim como a emissão de passaportes apenas em casos de urgência, uma vez que somente 30% do efetivo, segundo os grevistas, está ativo.

Na última quinta-feira (23), uma reunião entre representantes do Ministério do Planejamento e da Fenapef terminou sem um acordo, na avaliação do governo –que oferecera o índice de 15,8% parcelado em três anos.

Hoje, um salário-base de agente da PF é de R$ 7.514. O de delegados varia de R$ 13.368 a R$ 19.700.