Petrobras reconhece que desinvestimento pode criar atritos em países vizinhos
O assessor da presidência da Petrobras, André Garcez Ghirardi, disse nesta segunda-feira que o plano de desinvestimento da empresa, aprovado em julho, tem efeitos sobre a área internacional e pode causar conflitos com os países vizinhos. “Temos orientação de desinvestimentos, inclusive na área internacional. (…) Isso tem impacto direto nos vizinhos”, afirmou Ghirardi durante a […]
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O assessor da presidência da Petrobras, André Garcez Ghirardi, disse nesta segunda-feira que o plano de desinvestimento da empresa, aprovado em julho, tem efeitos sobre a área internacional e pode causar conflitos com os países vizinhos.
“Temos orientação de desinvestimentos, inclusive na área internacional. (…) Isso tem impacto direto nos vizinhos”, afirmou Ghirardi durante a “Mesa-Redonda – Política Externa e Energia” organizada pela Fundação Alexandre Gusmão no Rio de Janeiro.
O executivo considerou que o programa de desinvestimentos no valor de US$ 13,6 bilhões incluído no plano de negócio da Petrobras representa uma fonte potencial de conflitos que não seriam graves, mas que serão “trabalhosos e sensíveis”, segundo a “Agência Estado”.
Na opinião de Ghirardi, vários países da América Latina têm muitas expectativas depositadas na Petrobras, mas a empresa não dispõe dos recursos suficientes para fazer frente a essas demandas.
“Diante da dimensão gigante do pré-sal e do plano de investimento, há a falsa impressão de que a Petrobras tem recursos excedentes para alavancar as indústrias de petróleo locais. A realidade é muito outra”, destacou o executivo.
Como exemplos da participação da Petrobras fora das fronteiras brasileiras citou a possível presença da empresa em um projeto de gasoduto no Peru, que ainda se encontra em fase de estudos, assim como os investimentos da estatal na Bolívia.
No último mês de julho, a Petrobras aprovou um plano de negócio para o período compreendido entre 2011 e 2015, com um investimento total de US$ 224,7 bilhões.
O programa incluía também desinvestimentos no valor de US$ 13,6 bilhões com o objetivo de conseguir “uma maior eficiência na gestão dos ativos da companhia e rentabilidade”.
Em entrevista à Agência Efe após o anúncio desse plano, o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, evitou esclarecer que ativos no exterior serão incluídos no projeto de desinvestimento.
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