Petistas ensaiam abrir nova CPI para atingir oposição em Corumbá

Em resposta à abertura da chamada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Decoada, a bancada do PT na Câmara Municipal de Corumbá ensaia abrir nova comissão para apurar supostas irregularidades na gestão do vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB) à frente do Hospital de Caridade, hoje sob o comando da prefeitura. O peemedebista preside a […]

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Em resposta à abertura da chamada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Decoada, a bancada do PT na Câmara Municipal de Corumbá ensaia abrir nova comissão para apurar supostas irregularidades na gestão do vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB) à frente do Hospital de Caridade, hoje sob o comando da prefeitura. O peemedebista preside a CPI da Decoada aberta para apurar denúncias de corrupção na administração do prefeito Ruiter Cunha (PT).

Vice-líder do PT na Câmara, João Bosco da Silva e Souza chegou a apresentar, na última terça-feira (5), requerimento para instalar a comissão com o apoio dos vereadores Carlos Machado (PT), Salatiel do Nascimento (PDT) e Marcelo Iunes (PSD). O documento, no entanto, foi indeferido por não respeitar o regimento interno. A promessa é reapresentar o pedido na próxima semana.

A base aliada do prefeito na Câmara alega que a CPI, presidida por Ohara, além de já ser alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União (CGU) e da Política Federal, restringe a apuração aos dois últimos anos. Para os petistas, é preciso ampliar a varredura nas ações em saúde ao período administrado pelo vereador do PMDB, que teria deixado dívida de R$ 15 milhões ao Hospital de Caridade.

Os integrantes da CPI da Decoada decidiram, inclusive, iniciar os trabalhos investigando a gestão da prefeitura no setor de saúde pública, incluindo o Hospital de Caridade. “Devido à gravidade do atendimento no hospital e da saúde no geral, vamos priorizar os levantamentos nessa área, buscando informações sobre os recursos aplicados”, explicou Ohara. Além dele, compõe a comissão os vereadores Marcos de Souza Martins (PT) e Antônio Vianna Galã (PMDB).

Na próxima semana, eles vão se reunir com o procurador Humberto Prola, o promotor Luciano Lara Leite e com a Polícia Federal para definir procedimentos em relação às ações já em curso, que apuram supostos desvios de verbas públicas pela prefeitura.

Operação

Na semana passada, a Polícia Federal apareceu com ordem de prisão na casa de integrantes do primeiro escalão do prefeito Ruiter Cunha, deflagrando a Operação Decoada. De acordo com o MPF, a força tarefa apurou fraudes e direcionamento em licitações, corrupção, desvio de recursos públicos e pagamento de propinas, que envolviam servidores municipais e empresários.

Não foi informado o montante de dinheiro subtraído dos cofres públicos, mas o Ministério Público diz que são “milhões”. Pelo esquema eram desviados recursos federais destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde), educação básica e obras de infraestrutura.

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