A primeira rodada de palestras do 4° Simpósio de Geotecnologias no Pantanal – 4°GeoPantanal começou com a exposição de trabalhos relacionados à temática das geotecnologias aplicadas ao monitoramento de áreas úmidas. Essas regiões representam grandes desafios aos cientistas, principalmente devido às características geográficas que dificultam a aplicação das ferramentas tecnológicas.
O pesquisador Stephen K. Hamilton, da Universidade do Estado de Michigan (EUA), abordou estudos com sensoriamento remoto desenvolvidos na América do Sul, incluindo Venezuela, Peru, Amazônia, Pantanal e em planícies australianas. A análise integrada de técnicas de radar com o uso de imagens de satélite permitiu realizar o mapeamento dessas áreas e encontrar soluções para melhor compreensão dos macrossistemas.
Em seguida, a pesquisadora Mercedes Salvia, do Instituto de Astronomia e Física do Espaço da Argentina, apresentou trabalhos realizados para o entendimento da dinâmica do macrossistema Delta do Paraná, especialmente nas regiões das províncias de Santa Fé, Entre Rios e Buenos Aires. A metodologia baseou-se no aporte do estudo de zonas úmidas funcionais em geral e na análise de como os dados de sistemas de observação da Terra podem monitorar processos regionais em uma área específica.
As mudanças no uso da terra do Grande Chaco e os impactos para o bioma Pantanal foram o tema da palestra proferida pelo cientista Angel Alberto Yanosky, da organização Guyra Paraguay. Com o uso das geotecnologias, é possível observar, por exemplo, como o desmatamento vem crescendo na região. Esse conhecimento é fundamental para promover a conscientização ambiental e a formulação de políticas públicas que contribuam para preservar a biodiversidade, destacou Yanosky.
O 4° GeoPantanal ocorre até dia 24, no centro de convenções do Wetiga Hotel, em Bonito (MS). Durante o evento, estão sendo ministradas palestras por estudiosos da América Latina, Europa e dos Estados Unidos. As sessões orais e de pôsteres incluem diversos trabalhos que envolvem o uso de ferramentas tecnológicas.
O evento é organizado pela Embrapa Informática Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
